A Realidade e a Narrativa Governamental
Em meio ao turbilhão das discussões econômicas e sociais, a carga tributária brasileira permanece como um dos temas mais sensíveis e controversos para o cidadão comum. Enquanto o dia a dia é marcado por uma infinidade de tributos que incidem sobre consumo, renda e patrimônio, o governo federal parece empenhado em construir uma narrativa nas redes sociais de que a “conta” está sendo paga majoritariamente pelos mais ricos, apelidando-os de “BBB” – bilionários, bancos e bets (empresas de apostas). No entanto, essa dicotomia levanta sérias questões sobre a transparência e a justiça fiscal no país.
A realidade para grande parte dos brasileiros está muito aquém da simplicidade dessa campanha. Ao abastecer o carro, comprar alimentos no supermercado ou até mesmo pagar uma conta de luz, o contribuinte se depara com uma infinidade de impostos embutidos que corroem seu poder de compra. Essa estrutura tributária, fortemente baseada no consumo penaliza proporcionalmente mais quem ganha menos.
A discussão sobre a reforma tributária, embora avanços tenham sido feitos com a aprovação da Emenda Constitucional 132/2023 que simplifica os tributos sobre o consumo, ainda carece de um olhar mais aprofundado sobre a tributação da renda e do patrimônio. Historicamente, o Brasil tem uma baixa tributação sobre grandes fortunas e dividendos, em comparação com outros países desenvolvidos. É nesse ponto que a campanha governamental gera ceticismo. Se a ideia é, de fato, fazer com que os mais ricos contribuam mais, as ações deveriam ir além da retórica nas redes sociais e se materializar em propostas concretas que modifiquem a estrutura de arrecadação de forma a torná-la mais progressiva.
A aposta do governo em direcionar o foco para os bilionários, bancos e empresas de apostas, enquanto o cidadão médio continua a arcar com um fardo pesado, pode ser vista como uma estratégia para desviar a atenção de um sistema que, na prática, ainda é fortemente dependente da arrecadação sobre bens e serviços. A população, por sua vez, sente na pele os efeitos de uma alta carga tributária que nem sempre se reverte em serviços públicos de qualidade.
A transparência na gestão fiscal e a efetiva busca por um maior equilíbrio na distribuição da carga tributária são essenciais para fortalecer a confiança entre governo e sociedade. A simplificação tributária é um passo importante, mas a discussão sobre quem realmente paga a conta e como essa arrecadação impacta a vida de cada brasileiro precisa ser ampliada para além das campanhas de marketing nas redes sociais em busca da recuperação da popularidade.
NATÁLIA
Parabéns à deputada Natália Bonavides (PT) por ter tomado a iniciativa de pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que vete o projeto de lei complementar aprovado pelo Congresso Nacional que aumenta o número de 513 para 531 o número de deputados federais.
CONGRESSO
A decisão da Câmara dos Deputados, referendado pelo Senado Federal, deixa de cumprir o que preceitua que os Estados serão representados pelo número de deputados federais de acordo com a sua população, para criar novas regras que beneficiam algumas unidades da Federação, que perderam população, segundo os dados do Censo Demográfico de 2022.
CARLOS SANTOS
O jornalista mossoroense Carlos Santos, um dos mais conceituados profissionais no estado, fez uma análise precisa da situação da senadora Zenaide Maia. “É preciso que se entenda com clareza o seguinte: a governadora Fátima Bezerra (PT) não concorre contra o senador Styvenson Valentim (PSDB) por uma das vagas ao Senado em 2026 no RN. Ele nada de braçadas bem à sua frente, devendo ter reeleição tranquila. Sobra a segunda cadeira à disputa”.
AVALIAÇÃO
E Carlos Santos continua sua avaliação, em seu blog: “O problema próximo, bem ao lado, como forte ameaça ao seu sucesso nas urnas, é a “companheira” de grupo Zenaide Maia (PSD), senadora que tentará renovar o mandato. O governismo não trabalha pelo êxito eleitoral dela(…) Em todas as pesquisas eleitorais divulgadas, mesmo em algumas generosíssimas com o governo, o peso do segundo voto catapulta Zenaide Maia como maior opção, capitalizando-se com intenções de votos da oposição”.
CONCLUSÃO
Na sua análise, o jornalista conclui: “Fácil compreender, portanto, que a senadora se ficar no governismo será cristianizada com o segundo voto em branco. PT não votará em Zenaide Maia. Matematicamente simples, raciocínio político elementar, sem qualquer rebuscamento. Depois, teremos maios detalhes sobre esse assunto…”