ONDE ESTÃO OS CULPADOS PELOS DESVIOS DO INSS?
A fé na probidade é um dos pilares de qualquer democracia, e a transparência governamental é sua mais fiel guardiã. No Brasil, essa confiança tem sido posta à prova por uma questão que atinge diretamente um dos grupos mais vulneráveis da sociedade: os aposentados e pensionistas do INSS. Há denúncias recorrentes sobre desvios de parcelas significativas de seus benefícios, perpetrados por sindicatos e associações, e o que mais preocupa é a nebulosa postura do governo em relação às investigações.
A falta de clareza e a ausência de informações concretas sobre o andamento dessas apurações são inaceitáveis. Milhões de idosos e pessoas com deficiência, que dependem exclusivamente desses valores para sua subsistência, veem-se lesados, enquanto as autoridades responsáveis parecem agir sob um manto de opacidade. Onde estão os relatórios detalhados? Quais medidas efetivas estão sendo tomadas para coibir essas práticas e punir os responsáveis? As respostas a essas perguntas são escassas, quando não inexistentes.
Em meio a esse cenário alarmante, diversas entidades já foram apontadas em investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) por supostos envolvimentos nos desvios. Nomes como a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi/FS), a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), a Associação de Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen, antiga ABSP), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Universo Associação de Aposentados e Pensionistas dos Regimes Geral da Previdência Social (AAPPS Universo), a União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos (Unaspub), a Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), a Associação de Proteção e Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas (Adpap Prev, antiga Acolher), a ABCB Clube de Benefícios/Amar Brasil e a Caixa de Assistência dos Aposentados e Pensionistas do INSS (Caap) figuram entre as entidades investigadas na Operação Sem Desconto, que estima um prejuízo bilionário aos bolsos dos beneficiários.
É um paradoxo cruel: o dinheiro que deveria garantir dignidade e segurança a quem dedicou uma vida ao trabalho é desviado, e o Estado, que deveria ser o protetor por excelência, falha em apresentar uma resposta contundente e transparente. A omissão em divulgar o progresso das investigações, os nomes dos envolvidos – quando cabível e com as devidas salvaguardas legais – gera um ambiente de impunidade e de desconfiança generalizada.
Diante da gravidade das denúncias e dos montantes envolvidos, que atingem a casa dos bilhões de reais, surge a inevitável pergunta: por que os responsáveis por esses desvios ainda não foram detidos e punidos exemplarmente? A ausência de prisões e condenações em proporção à dimensão dos crimes investigados acende um alerta sobre a efetividade da justiça e a real prioridade do governo federal em proteger seus cidadãos mais idosos.
É imperativo que o governo federal reveja urgentemente sua postura. A abertura dos dados, o compartilhamento do progresso das investigações e a publicidade das ações são passos fundamentais para restaurar a confiança. Caso contrário, a sombra da omissão continuará pairando sobre os milhões de aposentados e pensionistas, que merecem todo o respeito.
CRESCIMENTO
O fato de estar líder da oposição na Câmara Alta tem possibilitado que o nome do senador potiguar Rogério Marinho se expanda em nível nacional. A prova dessa nova dimensão do político norte-rio-grandense é o seu desempenho na pesquisa de opinião pública sobre possível embate presidencial com petista Lula da Silva.
CRESCIMENTO 2
Segundo o levantamento da Paraná Pesquisa, se a eleição fosse hoje, Rogério perderia para Lula, num eventual segundo turno, por 10 pontos. E em momento algum, Rogério Marinho tem se portado como postulante ao cargo de presidente da República. Resultado surpreendente.
CIÚME
O Diário do RN projetou repercussão no meio político sobre o fato do nome do senador Rogério Marinho ter aparecido em pesquisa eleitoral nacional disputando com o presidente Lula e foi buscar opiniões de vários parlamentares na esfera federal. Para surpresa, o companheiro de Rogério no PL, o deputado federal General Girão, se negou a fazer avaliação sobre o fato. Ciúme besta…
CONVITE
Não tem faltado convites de partidos políticos para que a CEO do Grupo Ponta Negra de Comunicação, jornalista Micarla de Sousa volte a disputar cargo político, seja no legislativo ou executivo. A primogênita do senador Carlos Alberto tem dito que a sua filiação será no PSD – Partido para Servir a Deus. Micarla que já foi vice-prefeita da capital, deputada estadual e prefeita de Natal, hoje é missionária.