O ABRIL DE TANCREDO E DE BOLSONARO
Tancredo de Almeida Neves e Jair Messias Bolsonaro. Duas figuras que enveredaram pela política partidária. Duas figuras díspares, mas ambos tocaram os sentimentos de grande parte do povo brasileiro.
Era o mês de abril de 1985, portanto há 40 anos, quando Tancredo Neves, eleito presidente da República Federativa do Brasil em eleição indireta e que lutava pela redemocratização do país não resistiu às consequências de um diverticulite (aliás, a verdadeira causa nunca foi revelada) veio à óbito sob a consternação de quase a totalidade da população brasileira que buscava incessantemente nos canais de televisão, nos jornais e nas emissoras de rádio notícias sobre a situação médica precária do mais importante paciente médico do país.
Agora, mês de abril, 40 anos depois, uma das figuras mais polêmicas do país, o ex-presidente Jair Bolsonaro passa por momentos de dificuldades extremas em sua saúde e com isso cria expectativas em grande parte da população brasileira. Tudo isso em meio a uma radicalização política, que praticamente divide o país. Enquanto o bolsonarismo vive momentos de angústia, de expectativa e de orações pelo restabelecimento de saúde de seu líder, seus adversários ocupam as redes sociais para xingamentos e mensagens expressas de ódio.
Em 1985, também existia uma divisão política no país, mas não chegava a influenciar o momento em que a solidariedade é que reinava.
Tancredo Neves, um conciliador, que contava com a grande maioria da população brasileira para enterrar de uma vez por todas os resquícios da ditadura militar que eclodira em 1964, e Jair Bolsonaro, um extremista ideológico de direita, que está sendo julgado pelo Superior Tribunal Militar (STF) sob a acusação da tentativa de golpe militar, ambos fizeram com que a população brasileira – guardadas as proporções para os movimentos populares de suas respectivas épocas – vivessem no mês de abril apreensão pelo estado de saúde de ambos os líderes.
Os fatos envolvendo cada um desses líderes é que foram completamente diferentes. O fato que levou Tancredo à óbito aparentemente foi uma diverticulite, enquanto que o de Bolsonaro foi um ato de violência proporcionado pelo radicalismo político. O caso de Tancredo, levou a grande parte da população a entrar em orações pelo restabelecimento de sua saúde. O fato da facada desferida contra Bolsonaro, à época, em plena manifestação pública, levou à comoção e apreensão aos seus correligionários, enquanto o radicalismo de seus adversários demonstrava o desdém, a dúvida, a desinformação sobre o real acontecimento. Agora, vieram as consequências maiores resultando em internações emergenciais e cirurgia com duração de quase 12 horas, criando expectativas no bolsonarismo.
Ambos os acontecimentos ocorreram no mês de abril, num lapso temporal de 40 anos.
RADICALISMO
O radicalismo exacerbado não permitiu que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) agradecesse – mesmo em suas redes sociais – a deferência da governadora Fátima Bezerra (PT) ao atender pedido do senador Rogério Marinho (PL) e disponibilizar o helicóptero do governo para sua remoção de Santa Cruz para Natal. A boa prática não prevaleceu.
SEM RADICALISMO
O ato praticado pela governadora Fátima Bezerra ao disponibilizar o helicóptero do estado para socorrer Bolsonaro, em momento algum foi utilizado como mídia promocional. A boa prática prevaleceu.
ROTA 22
Ainda sem previsão de data a retomada da Rota 22 que tem por objetivo divulgar os projetos do Partido Liberal e com isso alcançar um maior número de simpatizantes à causa do principal partido da direita. O projeto que alcançará todo a região Nordeste, terá início no RN. Não se sabe ainda se com a presença de Bolsonaro.
LAVA-JATO
A operação Lava-Jato que desvendou operações de corrupção no âmbito do governo federal à época que o comando era do Partido dos Trabalhadores e que conseguiu recuperar mais de R$ 4 bilhões aos cofres públicos, agora é taxada pelo ministro Gilmar Mendes como “organização criminosa”.
LAVA-JATO 2
Até hoje, nenhum dos depoentes que fizeram a chamada delação premiada na Lava-Jato, denunciando os desvios de recursos financeiros, veio a público para comentar que tenha procedido sob qualquer tipo de pressão. Ou até mesmo desmentindo os fatos.
PÁSCOA
O período pascal deverá injetar mais de R$ 570 milhões no comércio de todo o estado e registra recorde na intenção de compra em Natal, com previsão de R$ 158,1 mi, o que representa aumento de 10,5%. Na capital do Oeste, a previsão de movimentação é de R$ 6,8 mi, representando aumento de 20,5% em relação ao ano passado.