A vice-prefeita Kátia Pires oficializou, na noite desta quinta-feira, a aliança com a antes adversária professora Nilda para a disputa das eleições deste ano, em Parnamirim. Fato que já vinha movimentando o cenário político, nas últimas semanas, após confirmado pelo presidente do União Brasil no RN, o ex-senador José Agripino.
Dentro do grupo do prefeito Rosano Taveira, do qual Kátia Pires fazia parte, existia o consenso de que a escolha seria pelo nome com melhor desempenho nas pesquisas e que todos caminhariam juntos. Compromisso cumprido pelos demais aliados a exemplo do presidente da Câmara, o vereador Wolney França, além do vereador Vavá e do secretário Homero Grec.
Depois de anunciado o apoio de Taveira seguindo o critério do desempenho nas pesuisas realizadas nos últimos meses, onde o comunicador Salatiel de Souza sempre foi o melhor colocado do grupo, Kátia rompeu com o prefeito e ficou sozinha no seu projeto político pessoal de eleger a si mesma e reeleger a filha como vereadora, mas não conseguiu deslanchar nas pesquisas como pré-candidata à prefeita, perdeu-se no tempo e no discurso.
Kátia Pires (União Brasil), que até pouco tempo mantinha a pré-candidatura alardeando que era aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro, agora frustra os eleitores da Direita, em Parnamirim, aceitando ser vice da Professora Nilda (Solidariedade). A chapa tem o apoio da esquerda e das principais lideranças políticas da base da governadora Fátima Bezerra, com o apoio formal do vice governador Walter Alves (MDB), e do deputado estadual Kleber Rodrigues (PSDB). A própria Nilda esteve ao lado da governadora Fátima (PT), em eleições passadas.
Antes adversárias, com direito a processo de Nilda contra a eleição de Taveira e Kátia em 2020, tentando derrubar a vitória deles no tapetão, agora as duas viram a página, se juntam e apostam na amnésia dos eleitores de Parnamirim. A estratégia é encobrir a incoerência do discurso e das posições políticas de conveniência, mas a verdade é que a aliança das duas não agrada eleitores nem da esquerda, que simpatizam com a Nilda, e nem da corrente da direita, que não quer dar espaço para quem veste a camisa vermelha da política.