QUESTIONAMENTO
A primeira reação ao discurso duro do ex-prefeito Carlos Eduardo contra o PT e contra o prefeito Álvaro Dias, a quem acusou de comandar o acordão, é de questionamento.
CONFORTO
Afinal, Carlos Eduardo está ou não na famosa zona de conforto de líder isolado nas pesquisas? A pergunta é feita porque não é comum um favorito na disputa sair batendo nos adversários bem antes de começar a campanha.
HISTÓRIA
Na realidade, a história das campanhas políticas nos revela que o favorito na disputa tem sempre comportamento de evitar confrontos desnecessários, principalmente quando a campanha sequer começou.
APOIOS
Numa eleição em dois turnos, a história nos revela que o comportamento longe de conflitos estéreis produz gestos para aguardar reciprocidade num futuro próximo. Bater forte pode provocar um distanciamento irreversível que não se transforma em apoio no segundo turno.
COERÊNCIA
No caso de Carlos Eduardo, o discurso dele de pancada no PT não foi só incoerente, pois essa ‘qualidade’ todos os políticos são possuidores dela. Todos, sem exceção, já beberam dessa fonte inesgotável de sobrevivência.
COERÊNCIA II
A incoerência de Carlos Eduardo está no fato de ‘personificar’ a rejeição do eleitorado a um partido quando ele próprio pediu voto para uma candidata deste partido há quase dois anos.
INCOERÊNCIA III
Quanto ao grupo comandado pelo prefeito Álvaro Dias, acusado de acordão e de loteamento de cargos, faz parte da incoerência natural da classe política de acusar o outro do que gostaria de ser. Depois que perdeu o apoio do prefeito, Carlos Eduardo se viu isolado politicamente e o caminho é a pancada.
PARTIDA
O fato novo da pré-campanha foi o anúncio de Álvaro em apoio a Paulinho Freire. Mas o ponto de partida da presente pré-campanha em termos de discurso foi dado por Carlos Eduardo.
SINALIZAÇÃO
O discurso de Carlos Eduardo é balizador do que virá na campanha. Ele vai bater nos dois principais adversários, Paulinho Freire e Natália Bonavides. Sua estratégia é capitalizar o desgaste dos grupos de ambos para tentar vencer no primeiro turno.
VITÓRIA
Em 2014, Henrique montou um palanque forte e até escolheu o adversário que julgava mais fraco. O objetivo explícito era vencer em primeiro turno, pois o segundo seria imprevisível. E foi. Henrique não venceu no primeiro e perdeu no segundo para Robinson Faria.
CANDIDATURAS
Hoje, tirando o líder e favorito Carlos Eduardo, há pelo menos três candidaturas que pode se tornar fortes a ponto de garantir o segundo turno: Paulinho Freire, Natália Bonavides e Rafael Motta. O desempenho individual é que vai estabelecer se haverá ou não segunda disputa em Natal.
CONFIRMADO
Ex-prefeito Carlos Eduardo confirmou o que havia adiantado a este colunista no aniversário do amigo Cid Montenegro: Não recorrer da decisão judicial contra o senador Rogério Marinho. Realmente, o prazo chegou e não houve recurso. Rogério está livre da vulnerabilidade de um imprevisível resultado no TSE.