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    HIV/AIDS: “Não existem mais grupos de risco. Existem situações de risco”

    Especialistas alertam sobre falta de políticas públicas e importância do diagnóstico precoce para o tratamento
    06/12/2022, 05:47 Cidades
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    A manchete do Jornal Notícias Populares, de junho de 1983, é um claro exemplo do preconceito e desinformação sobre o HIV/AIDS na época - Foto: Reprodução

    Na década de 80, quando surgiram os primeiros casos de HIV/AIDS, receber o diagnóstico era uma verdadeira sentença de morte. O primeiro caso no Rio Grande do Norte foi detectado em abril de 1983 pelo infectologista Dr. Antônio Araújo. Na época, o pouco conhecimento sobre a doença não podia garantir uma boa qualidade de vida aos pacientes, a falta de informação alimentava estigmas e muitas vidas foram perdidas. “Naquela época todos que recebiam o diagnóstico tinham uma visão muito pessimista. Era uma doença que até então não tinha medicação. Eles viam que Cazuza foi aos Estados Unidos, assim como outros artistas, e não conseguiram a salvação. A maioria ficava deprimida, sem ter um caminho a ser tomado por nós”.

    O médico também lembra que o preconceito era especialmente ligado aos homens gays. “Existia um estigma muito grande. As pessoas não chegavam perto, era uma discriminação total. Só internavam no Giselda e não nos outros hospitais naquela fase inicial”, relata.

    Uma realidade que mudou no decorrer de 40 anos desde a confirmação do primeiro caso, em junho de 1981. “Hoje não existem mais grupos de risco, o que existem são situações de risco. Aquelas pessoas que têm múltiplos parceiros ou fazem sexo desprotegido, estão em uma situação de risco independente da sexualidade”, afirma a Coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap, Kelly Lima. Diante desta transformação do cenário, os testes rápidos, popularizados já nos anos 2000, são ofertados para toda população sexualmente ativa.

    EVOLUÇÃO DOS TRATAMENTOS
    A evolução dos tratamentos contra o HIV/AIDS trouxe qualidade de vida para os pacientes. “Hoje nós sabemos que alguns pacientes têm o vírus, mas estão bem, trabalhando, estudando, etc… Aqueles que tomam a medicação de forma irregular, têm mais riscos de ter uma doença oportunista”. Afirma o infectologista Antônio Araújo.

    Após o diagnóstico e o impacto da notícia para os pacientes, o tratamento humanizado e todo o amparo psicológico fazem a diferença na aceitação de um caso positivo. Além das medicações, essas pessoas recebem acompanhamento com psicólogos, assistentes sociais, infectologistas e outras especialidades que possam abranger o caso e trazer amparo.

    A Coordenadora de Vigilância em Saúde, Kelly Lima, reforça a importância do diagnóstico precoce e de como procurar essa ajuda. Aqui no estado, os exames para detectar o HIV são feitos em UBS e UPAS, além dos quatorze Serviços de Assistência Especializada (SAE). Após o diagnóstico positivo, os infectados são orientados a buscarem tratamento nos locais adequados. Em Natal, segundo o Dr. Antônio Araújo, a maioria dos casos são encaminhados para a UPA do Alecrim. Outros infectados que costumam vir de outros municípios são encaminhados para o Hospital Giselda Trigueiro, referência no Estado no tratamento de doenças infectocontagiosas. “Muitas vezes quando a cidade é pequena as pessoas têm medo de se mostrar com HIV, porque são discriminadas e vêm para Natal”.

    O FIM DAS CAMPANHAS
    Jovens e adultos dos anos 80 e 90 tem muito claras em suas mentes as campanhas de alerta e conscientização sobre a AIDS. “Era um bombardeio de campanhas na tv, rádio, outdoors. Em todo canto se falava de AIDS. E nas grandes festas e eventos sempre tinha alguma estrutura montada, distribuição de camisinhas” lembra a comerciante Vera Lúcia, hoje com 56 anos.

    E os profissionais concordam com a comerciante lembrando que, em épocas anteriores, existia mais agressividade midiática em propagandas de conscientização, que orientavam o jovem a respeito do uso dos preservativos. Hoje, parece que a única preocupação do jovem é evitar uma gravidez indesejada, descartando os debates sobre IST (Infecções sexualmente transmissíveis). “No início ninguém sabia o que era o HIV, os sintomas, o causador, diversas pessoas foram infectadas, inclusive figuras políticas e ricos famosos. Os governos, junto a mídia de um modo geral, investiram em campanhas de prevenção. Hoje ninguém fala nada, e ninguém liga, só no dia 1° de dezembro e depois esquece”.

    O infectologista ressalta a importância de políticas públicas mais efetivas e defende a conscientização do público que, na visão dele, é o que mais precisa de campanhas de prevenção e intervenções didáticas sobre o HIV. “Ou se começa a fazer trabalhos educativos com os adolescentes sobre as drogas e o sexo ou isso nunca termina. Sempre vai ter casos, sempre vai ter gente sofrendo enquanto não se combater isso”.

    A coordenadora da SESAP chama atenção para um verdadeiro desmonte. “Há falta de medicação, desabastecimento de insumos, como por exemplo o gel lubrificante para distribuição. Ele é importante porque, mesmo com a carga viral baixa, se as pessoas fazem sexo anal, elas vão ter fissuras que favorecem a transmissão do vírus.” Kelly Lima relembra um histórico de desvalorização de campanhas de conscientização e ações mais eficazes. “É importante que a gente retome as discussões de como esse programa tem sido importante nas duas últimas décadas para fortalecer e garantir o tratamento e o diagnóstico precoce e o acompanhamento desses usuários vivendo com HIV/AIDS. Antes existia uma centralização desses cuidados no Giselda, mas hoje temos o SAE (Serviço de Atendimento Especializado), e a ideia é que a gente consiga ampliar esses SAES e fortalecer essa rede”.

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