O PAC E O GOVERNO FÁTIMA BEZERRA
O anúncio do PAC 3 com a previsão de investimento em torno de R$ 45 Bilhões no RN nos próximos três anos chegou num momento propicio para que a governadora Fátima Bezerra desviasse as atenções que estavam concentradas nas dificuldades financeiras que a sua gestão está sofrendo com consequências mais profundas.
Em nível nacional, enquanto o assunto sobre o desvio das joias cometidos por auxiliares diretos do ex-presidente Bolsonaro tomava conta dos noticiários, empanava o anúncio do PAC 3 acontecido no Rio de Janeiro. Já em nível local, anúncio do PAC para o Rio Grande do Norte conseguiu esconder a repercussão da crise financeira vivida pelo poder central potiguar.
Nada mais justo que a governadora Fátima Bezerra, petista de carteirinha desde os seus primeiros passos na política partidária do RN, celebre o anúncio de R$ 45 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na infraestrutura norte-rio-grandense e que certamente representará benefícios diretos à população, embora se faça necessário mais esclarecimentos sobre os setores que serão beneficiados e seus respectivos investimentos nos próximos três anos.
Mas, enquanto os reflexos positivos do anúncio dos bilhões de reais ainda brilham nos olhos de alguns, também criam interrogações em outros menos crédulos, necessário se faz que a governadora Fátima Bezerra faça o seu dever de casa. Ou seja, tire o RN das dificuldades financeiras vivenciadas no momento, sob o risco de ver a sua gestão envolvidas em dívidas que poderão levar até mesmo ao atraso no pagamento da folha de pessoal, atitude essa indesejada por todos. Para essas dificuldades, a vinda dos recursos do PAC quase em nada irá ajudar. Melhora, sim, cada vez mais, a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a gestão estadual poderá emergir caso não haja uma ajuda financeira direta do governo federal, a fundo perdido.
Fátima terá obrigatoriamente que recorrer a Lula e conseguir ajuda, fundo a fundo, como conseguiu o então governador Robinson Faria, no governo Temer, ajuda de R$ 400 milhões. E nem assim, o atual deputado federal pelo PL evitou que o erário caísse em débito com seus servidores.
ESQUERDA
Independentemente de qual seja o crime que venha a ser comprovado para a efetivação de uma punição mais severa do ex-presidente da República, a esquerda e a extrema esquerda estão torcendo para aconteça a prisão de Jair Messias Bolsonaro, mesmo que ele seja imediatamente liberado. É que a partir daí, depois que Bolsonaro for solta, os dois, Lula e o ex-presidente serão tratados de ex-presidiários. Fica tudo igual.
BICUDOS
Tem um dito popular muito utilizado quando duas pessoas não têm um bom relacionamento: “dois bicudos não se beijam”. Foi assim na solenidade de apresentação da empresa que vai investir no hub dos correios, em Brasília. O prefeito Eraldo Paiva, de São Gonçalo do Amarante, de um lado; Jaime Calado, pretenso candidato a prefeito daquele município de outro. No centro, a governadora que quer que Eraldo continue na Prefeitura.
APROVAÇÃO
Enquanto cerca de 60% dos brasileiros reconhecem a gestão Luiz Lula Inácio da Silva como positiva, no Nordeste especificamente, 72% reforçam os números. Nada que um Bolsa-Familia de R$ 600,00 + R$ 150,00 por criança de até 07 anos + R$ 50,00 por criança acima de 07, até a adolescência + 50,00 por gestante. Das 503.878 famílias beneficiadas no RN, só em Natal, quase 78 mil famílias recebem o auxílio do governo federal.
CONSUNI
A falta de oportunidade para a defesa das acusações que foram feitas à reitora Ludmila Oliveira, da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), foi a razão pelo qual o juiz federal Lauro Henrique Lobo Bandeira se baseou para anular os efeitos da decisão do Conselho Universitário – CONSUNI daquela unidade de ensino superior, com sede em Mossoró. Recentemente, a professora Ludmila recebeu a reportagem do DIARIO DO RN, ocasião em que se queixou de perseguição política dentro da instituição a qual pertence e negou as acusações. É a oportunidade de a reitora da Ufersa apresentar a sua defesa. Se o CONSUNI permitir.