MAIS INVESTIMENTOS NO ENSINO PÚBLICO
Na divulgação do último IDEB (Instituto de Desenvolvimento da Educação Básica) envolvendo os 26 estados e mais o Distrito Federal, o nosso Rio Grande do Norte, obteve uma média de 3,4, só conseguindo superar mesmo os estados do Amapá (3,3) e Pará (3,2), longe da média nacional do ensino público que ficou em 3,9. O RN ficou na repescagem.
O que testemunhamos no ensino médio, seja nas escolas públicas ou privadas é um ensino deficiente – ou aprendizado deficiente – criando a necessidade de que o alunado, quando das escolas privadas, recorram ao reforço escolar. Evidentemente, o alunado da escola privada é um privilegiado em poder pagar professor particular para alcançar um melhor desempenho. O mesmo não se pode afirmar com a quase totalidade do alunado da rede pública pois, além de enfrentar dias e mais dias sem aulas por conta das greves, se submete ao incômodo das salas de aula em estado precário de conservação, falta de equipamentos, deficiência de material escolar e em alguns casos professores desatualizados.
E enquanto a escola em tempo integral não é uma realidade para a quase totalidade das escolas mantidas pelo poder público, administrações públicas, procurando melhorar o IDEB de seus municípios e com isso adquirir mais recursos federais para investimentos no setor, estão buscando alternativas com o chamado reforço escolar utilizando-se, quando possível, das horas vagas de seus professores ou contratando especializados em turnos alternativos, sempre com o objetivo de melhorar o desempenho do alunado.
Ora, se o privilegiado alunado da rede privada busca a alternativa do reforço escolar para um melhor desempenho, em nível de Rio Grande do Norte alunos e alunas da rede pública também merecem o mesmo tratamento por parte dos governos estadual e municipais.
Sem investimentos mais ousados na área da educação não haverá desenvolvimento para municípios e estado.
DEMOROU
O prefeito de Natal, Álvaro Dias, demorou 7 meses para reclamar publicamente do ex-ministro Rogério Simonetti Marinho pelo cancelamento de verbas governamentais federais que viriam para Natal. E reclamou de “barriga cheia”, pois nenhuma das gestões municipais anteriores recebeu tantos recursos federais como Natal recebeu nos últimos quatro anos.
ESTRATÉGIA
A estratégia utilizada por Álvaro Dias para se distanciar mais ainda do senador oposicionista Rogério Marinho é um dos recursos que o prefeito de Natal está se utilizando para se aproximar da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Álvaro se utiliza dos ex-deputados Rafael Motta e Henrique Alves para “colar no vice Geraldo Alkmin (PSB) em busca dos recursos financeiros ainda não liberados para transformar Natal num verdadeiro canteiro de obras.
ROGÉRIO
Sobre o assunto que tomou conta dos jornais em Natal, dando conta das reclamações de Álvaro, chorando o “leite derramado” por Rogério Marinho ter cancelado alguns contratos com verbas que viriam para Natal, o líder da oposição no Senado Federal foi procurado pela coluna, através de sua assessoria de imprensa, para dar a sua versão e ouviu um sonoro NÃO. Vai ficar valendo a versão do prefeito de Natal.
PRESSÃO
O prefeito Alysson Bezerra, lá da Capital do Oeste, cobrou publicamente mais de R$ 90 milhões que o governo do estado deve à Prefeitura de Mossoró. E isso ocorreu depois que foi publicada a informação de que a governadora Fátima e o secretário Cadu tinham concordado com o pleito dos prefeitos, na tentativa de esvaziar a movimentação que ocorreu na terça-feira passada. Para o presidente da Femurn, prefeito Luciano, “dia 09/08 seria a data limite para reunião com a Governadora”. E adianta “Os prefeitos mobilizados e o Governa do RN precisam entender que a cada R$ 1,00 de ICMS R$ 0,25 pertence aos municípios”.
DESMENTIDO
Enquanto o governo do estado assegura que vai cumprir a proposta dos prefeitos e pagar a dívida em 5 parcelas, os prefeitos rebatem e asseguram que querem receber os quase R$ 13 milhões em duas parcelas. Enquanto isso, só a Prefeitura de Mossoró está cobrando mais de R$ 90 milhões ao governo do estado. E, assim, a conta não fecha.