CONFLITOS AMEAÇAM O FUTURO DO BOLSONARISMO
Por mais que tentem minimizar, a família Bolsonaro se encontra em uma encruzilhada política e pessoal, expondo fissuras que podem ser decisivas para a sobrevivência do movimento de ultradireita no Brasil. Com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro agora recluso para cumprir pena de 27 anos e 3 meses pela tentativa de golpe de Estado, o vácuo de liderança é preenchido por uma disputa fratricida que põe em xeque a articulação para 2026.
As turbulências atuais são o ápice de uma série de movimentos políticos fracassados. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Zero Três do clã, tentou emplacar uma estratégia de internacionalização do conflito, chegando a ensaiar uma mudança para os Estados Unidos. O objetivo, infrutífero, era pressionar o governo norte-americano a criar dificuldades para o governo brasileiro e, de alguma forma, intervir na crise judicial interna. Essa manobra, vista como desastrosa por analistas, apenas sublinhou o desespero e a falta de tato diplomático do grupo.
No cenário interno, a prisão de Bolsonaro desencadeou uma guerra familiar de declarações. A mais recente explosão ocorreu após a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro criticar abertamente um deputado bolsonarista cearense por manifestar apoio ao pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PSDB). A reação foi imediata e pública: os irmãos Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro (Zero Três, Zero Um e Zero Dois, respectivamente) contra-atacaram, chamando a madrasta de “autoritária”.
Este racha não é apenas uma fofoca de bastidor; é um sintoma da luta pelo controle do espólio político do ex-presidente. Michelle tem se consolidado como a figura de maior apelo popular e menor rejeição dentro do grupo, sendo cotada como potencial cabeça de chapa para 2026.
As declarações dos filhos contra a ex-primeira-dama são mais do que “arranhões familiares”. Elas representam uma tentativa de frear a ascensão de Michelle, que, com seu carisma e apelo ao eleitorado conservador e feminino, ameaça a tradicional hegemonia dos irmãos na coordenação do bolsonarismo. Ao taxá-la de “autoritária”, os irmãos buscam desqualificar sua imagem, potencialmente minando sua capacidade de liderar uma chapa majoritária.
O desafio agora é de sobrevivência política. A fragmentação da família, combinada com a prisão e inelegibilidade do líder, cria uma instabilidade que pode inviabilizar a construção de uma candidatura competitiva em 2026. Se o clã não conseguir manter uma frente unida — e o episódio recente sugere o contrário —, o futuro do movimento bolsonarista pode ser de diluição, com seus votos sendo disputados por outros nomes da direita e do Centrão.
A crise familiar é, portanto, um grave revés na articulação política da ultradireita, transformando a tragédia pessoal de Bolsonaro em uma ameaça à sua própria herança.
COBRANÇA
Uma das temáticas abordadas no plenário da Assembleia Legislativa na sessão de ontem foi de cobrança ao governo do estado. Cobranças duras e consistentes, uma vez que a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) tem atrasado com os repasses.
ARRECADAÇÃO
Os deputados Gustavo Carvalho (PL) e Luiz Eduardo (Solidariedade) formalizaram a denúncia de que o governo estadual arrecadou impostos do IPVA e do ICMS, mas não fez os devidos repasses aos municípios.
IMPOSTOS
Uma outra rubrica que a gestão Fátima Bezerra tem atrasado com os municípios é o FUNDEB. O deputado Gustavo Carvalho apresentou projeto de lei que estabelece critérios e prazos para o crédito das parcelas de impostos estaduais pertencentes aos municípios.
FUINDEB
Dentre os impostos estaduais pertencentes aos municípios, além do PIVA e do ICMS, está o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) – FUNDEB. O Projeto de Lei do deputado Gustavo Carvalho estabelece punição ao governante que atrasar as cotas municipais.
CEARÁ-MIRIM
Já o deputado José Dias (PL) denunciou que a governadora Fátima Bezerra não pagou cerca de R$ 3,5 milhões de emendas impositivas para o município e Ceará-Mirim nos últimos dois anos. Zé Dias foi um dos deputados mais votados na Terra dos Verdes Canaviais.
AUTO-ESCOLA
Sem a obrigatoriedade para o aluno de ter que comprovar sua passagem por auto-escola para o aprendizado teórico e prático para se submeter a testes e receber a sua carteira de motorista (CNH), o governo federal está seguindo os mesmos critérios de países desenvolvidos.
ADAPTAÇÃO
Os proprietários de auto-escolas terão que se adaptar à nova realidade, pois ainda contarão com parcelas significativas de alunos. Como em todo segmento comercial, existem as auto-escolas com boa avaliação e outras dirigidas por verdadeiros “picaretas”. Só irão sobreviver aquelas que prestam um bom serviço, e com preços justos dentro da realidade do mercado.

