SAL POTIGUAR, O GIGANTE ADORMECIDO
O Rio Grande do Norte carrega o honroso título de maior produtor de sal marinho do Brasil, fornecendo a maior parte do sal que chega à mesa e à indústria nacional. No entanto, se o sal grosso é o alicerce dessa economia, os subprodutos do sal marinho são, inegavelmente, o futuro com maior valor agregado – o “ouro branco” que o nosso estado ainda explora timidamente.
Já tratamos deste assunto aqui na coluna, mas é sempre bom relembrar que a situação da indústria salineira potiguar é um paradoxo: somos líderes em volume, mas subdesenvolvidos em diversificação e tecnologia. Enquanto a produção de cloreto de sódio segue forte, o alto potencial econômico das chamadas águas-mães – o resíduo líquido que sobra após a cristalização do sal – permanece majoritariamente inexplorado. Essas águas são ricas em minerais valiosos, como magnésio, potássio, bromo, e até mesmo lítio e outros sais raros, com aplicações cruciais em indústrias farmacêuticas, químicas, agrícolas e de alta tecnologia.
A história mostra que a chave para essa diversificação já foi, inclusive, identificada. Nos anos 1980, a extinta Companhia de Desenvolvimento Mineral do Rio Grande do Norte (CDM/RN) iniciou um trabalho visionário no parque salineiro da Henrique Lage Salineira, em Macau, com o notável Projeto Boro, focado justamente na exploração das águas-mães. Essa iniciativa pioneira, contudo, não prosperou em escala industrial.
Felizmente, a chama da pesquisa e desenvolvimento (P&D) não se apagou. As universidades federais do estado – notadamente a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA, em Mossoró – têm mantido vivos os estudos para viabilizar economicamente a extração e o beneficiamento desses subprodutos. Os laboratórios estão produzindo o know-how necessário.
A grande barreira, hoje, é a integração eficaz. É imperativo que a indústria salineira dê as mãos, de forma mais robusta, aos organismos públicos de pesquisa. A UFRN e a UFERSA já provaram que têm a capacidade científica. O setor produtivo precisa absorver esse conhecimento, investir em plantas-piloto e, finalmente, migrar de uma economia puramente extrativista de sal comum para uma bioeconomia mineral sofisticada e de alto retorno.
O Rio Grande do Norte tem todas as condições geográficas e intelectuais para deixar de ser apenas um “celeiro de sal” e se tornar um polo de tecnologia mineral avançada. O momento exige uma guinada estratégica: o sal marinho é o ponto de partida, mas os subprodutos são a verdadeira riqueza a ser conquistada. O futuro econômico do nosso litoral passa pela capacidade de transformar o resíduo das águas-mães no motor da nossa inovação industrial.
IMPOSTOS
O brasileiro já é considerado o “campeão mundial como pagador impostos”. E o presidente Lula, às vésperas do pleito em que irá tentar o seu quarto mandato, quer cobrar mais impostos para garantir a gastança no ano eleitoral.
POLITICANDO
Não há como esconder que o assunto sobre a Segurança Pública na esfera federal entrou no rol dos assuntos contaminados pela politicagem. Enquanto isso, políticos da esquerda, do centro e da direita já escancaram que o tema tem contornos ideológicos. Tudo por conta do ano eleitoral que já está na porta.
ALYSSON
O prefeito mossoroense Alysson Bezerra (União Brasil) ainda não se dignou a esclarecer a razão de a senadora Zenaide Maia (PSD) não conseguir acompanhar o seu mesmo ritmo nas pesquisas eleitorais.
ZENAIDE
A senadora Zenaide Maia tem feito todos os esforços para alocar recursos federais para o município de Mossoró e também tem atendido aos pleitos financeiros de Alysson em favor de outros municípios.
PESQUISAS
Mesmo assim, segundo as pesquisas de opinião pública até o momento divulgadas, a opção eleitoral pelo candidato a governador Alysson Bezerra está em distância quilométrica da opção dos eleitores pelo nome de Zenaide Maia para o Senado Federal.
SINAL
Essa distância, entre os números dos que fazem opção pelo nome de Alysson para o governo do estado em relação aos que optam pelo nome de Zenaide para o Senado, ainda não foi explicada pelo prefeito mossoroense. Nem mesmo quando essa distância de preferência ocorre entre os eleitores de Mossoró.
PESO
Dois nomes com peso eleitoral no estado ainda estão sem definição de qual cargo irão disputar nas eleições do próximo ano. São os ex-prefeitos de Natal, Álvaro Dias e Carlos Eduardo Alves.
ÁLVARO
O ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos) pode disputar uma das vagas do Senado Federal ou poderá disputar o governo do estado, pelo Partido Liberal.
CARLOS
Já o ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD) está de “melé solto”. Pode ser candidato a deputado federal, a senador ou, na pior das hipóteses, ser candidato a vice-governador. Só o tempo dirá.

