DEPUTADOS REACENDEM A CHAMA DO PETRÓLEO
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) foi palco de um evento que pode ser um marco na história recente do estado. Na última terça-feira, 14 de outubro, uma Audiência Pública reuniu líderes políticos, sindicais e empresários com um objetivo claro: resgatar a grandeza da cadeia produtiva de petróleo potiguar.
Proposta pelas deputadas Isolada Dantas, Divaneide Basílio e pelo deputado Francisco do PT, a iniciativa do trio petista, fortemente ligado ao Sindicato dos Petroleiros, demonstra o reconhecimento da urgência em estancar a hemorragia econômica provocada pelo declínio da produção. O encontro não foi apenas protocolar. Dele emanou o compromisso de se discutir uma legislação específica que sirva como um novo alicerce para o setor, sinalizando que a classe política está, enfim, disposta a traduzir o discurso em ação concreta.
A mobilização tem raízes na saudade de um passado mais próspero. Contudo, os números atuais são um retrato de um poço que perdeu pressão.
Da descoberta do campo petrolífero nos mares de Macau, no início dos anos 1970, o auge de nossa produção, entre campos terrestres e marítimos, foi vivido por volta de 1998 a 2000, quando o estado ultrapassava a marca de 30 milhões de barris/ano. O presente, porém, carrega um fardo pesado: em 2018, a produção total despencou para cerca de 14,7 milhões de barris. Embora os novos operadores independentes, que injetaram bilhões após a saída da Petrobras, tenham provocado uma reação animadora, o volume mais recente, próximo dos 12 milhões de barris em 2023, ainda exige um esforço hercúleo para sequer se aproximar dos anos de glória.
Essa retração produtiva ecoa diretamente na saúde financeira de Estado e municípios. No auge, os repasses de royalties eram um pilar de investimento. Hoje, o crescimento nos repasses (R$ 173,9 milhões no 1º trimestre de 2025) é mais um reflexo da valorização internacional do barril e da taxa de câmbio do que da real pujança da produção. A lição é clara: a instabilidade do preço e a queda do volume fragilizaram o caixa, tornando a diversificação e o fortalecimento do setor prioridades inegociáveis.
No tabuleiro da reestruturação, a Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, hoje na esfera privada, é uma peça de alto valor. Sua capacidade de refino de aproximadamente 40 mil barris/dia representa um diferencial estratégico, permitindo que o petróleo potiguar não saia do estado apenas como commodity, mas como produto acabado.
A grande aposta, porém, reside no mercado de trabalho. Embora não haja um dado único e atualizado sobre o total de empregos diretos e indiretos gerados, é inegável que o setor ainda é uma fonte vital de renda e especialização no interior do estado. Se a promessa de uma legislação específica for cumprida e os novos investimentos se consolidarem, o setor tem a real possibilidade de reverter a curva de declínio e voltar a ser um motor robusto de crescimento de empregos.
A audiência na última terça-feira, 14, foi um grito de basta. Agora, a sociedade espera que o compromisso de criar um arcabouço legal favorável saia do plenário e se materialize em uma nova agenda de desenvolvimento para o Estado.
FUTURO
Qual o futuro político do ex-prefeito de Natal Álvaro Dias?
PRESENTE
Mesmo fortalecido e considerado um dos eleitores de peso político em Natal e região do Seridó, hoje, nem o próprio Álvaro Dias sabe quando deverá “bater o martelo” para decidir entre as opções de ser candidato a deputado federal, a senador ou a governador.
CONVERSAS
O ex-prefeito de Natal encontra-se na dependência do senador Rogério Marinho que já anunciou a entrada do ex-prefeito natalense no seu Partido Liberal (PL), mas até o momento Álvaro tem evitado confirmar essa condição. O que está havendo?
CONVERSAS 2
Álvaro Dias teve conversas iniciais com o prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra que por sua vez é candidatíssimo ao Governo do Estado. Mas depois se distanciou e colou em Rogério Marinho que também tem assegurado ser candidato a governador nas próximas eleições.
CONVERSAS 3
Em isso ocorrendo, ou seja, Rogério disputando o governo, o ex-prefeito de Natal pode ser candidato a vice-governador, ser o segundo Senador na chapa com Styvenson Valentim ou ser candidato a deputado federal. Qual é mesmo o futuro de Álvaro Dias?
ATLETA
O governo Fátima Bezerra vai investir quase R$ 1 milhão e 200 mil no programa Bolsa Atleta Potiguar 2025/2026 e vai beneficiar 150 atletas de modalidades olímpicas, não olímpicas, paraolímpicas, surdolímpicas e o paradesporto não olímpico. O programa é executado pela Secretaria de Estado de Educação e Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC).