A TÁTICA POPULISTA DO “NÓS CONTRA ELES”
A estratégia do “nós contra eles” ou a polarização entre “ricos contra pobres” tem sido uma ferramenta recorrente na retórica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente quando o assunto é a necessidade de criação de novos impostos. Essa abordagem populista, que tenta simplificar uma complexa equação fiscal e social, levanta sérias questões sobre a real prioridade da gestão federal: a busca por maior arrecadação a qualquer custo ou a efetiva reforma da máquina pública e a otimização dos gastos.
Os números recentes, conforme apontado por especialistas, são alarmantes. Nos últimos meses, o governo já teria instituído cerca de 30 novas cobranças em diferentes setores. A mais recente investida, que visava a criação de 10 novos impostos e foi derrotada na Câmara dos Deputados, apenas reforça a obstinação em onerar a economia em vez de buscar a eficiência na gestão dos recursos já existentes.
O cerne dessa “guerra” retórica desvia o foco de uma verdade inconveniente para o próprio governo: a menor taxação de grandes fortunas e do capital no Brasil não é um acaso da história, mas o resultado de incentivos fiscais e regulamentações criadas e mantidas ao longo de décadas, inclusive durante gestões anteriores do Partido dos Trabalhadores (PT). Em outras palavras, o sistema que o presidente agora critica foi, em parte, moldado com a participação de sua própria base política.
É inegável que o Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo, mas o problema reside, majoritariamente, na forma como esse dinheiro é gasto. O país arrecada trilhões de reais anualmente, mas o governo continua insaciável. A questão fundamental, que a tática do “nós contra eles” tenta ofuscar, é a necessidade urgente de o governo federal demonstrar a capacidade de gastar melhor o que já é coletado.
Especialistas e a própria sociedade civil têm clamado por uma administração mais rigorosa, que coíba o desperdício, combata a corrupção e, acima de tudo, implemente programas sociais que sejam pontes para a autonomia e não apenas paliativos. Programas sociais de sucesso, além de oferecerem assistência, devem incluir um forte componente de educação e capacitação profissional, de modo a integrar essa parcela da população ao mercado de trabalho formal.
Ao se tornarem contribuintes ativos, esses cidadãos não apenas melhoram suas condições de vida, mas também geram a sustentabilidade do sistema, aumentando a base de arrecadação de forma orgânica e justa. A verdadeira reforma fiscal e social não passa pela criação incessante de novos impostos em nome de uma “guerra de classes”, mas sim pela reorganização do gasto público e pela garantia de que cada centavo arrecadado seja revertido em serviços de qualidade e em oportunidades que permitam aos mais pobres trilhar o caminho para a prosperidade e a independência econômica. A insistência no aumento da carga tributária sem o contraponto da eficiência na despesa apenas perpetua um ciclo de alta arrecadação, baixa qualidade de serviços e, invariavelmente, busca por mais impostos no futuro.
BALELA
E seu artigo publicado ontem, na Folha de São Paulo, Lygia Maria focaliza o discurso de Lula como defensor da democracia, simplesmente como uma balela.
DEMOCRACIA
A colunista da Folha abre o seu artigo dizendo: “Lula foi eleito em 2022 com o discurso da democracia e sua militância segue a mesma toada. Tudo balela. O petismo é avesso à liberdade política”.
FARSA
A colunista Lygia Maria prossegue: “O Prêmio Nobel da Paz à Maria Corina Machado é mais um exemplo dessa farsa. Até agora, nem Lula nem seu governo se pronunciaram sobre a honraria concedida a uma ativista latino-americana que luta pelo fim da ditadura de uma nação vizinha de onde cerca de 700 mil pessoas partiram para se refugiar no Brasil”
COMPAIXÃO
O artigo de Lygia Maria é concluído com a afirmação de que “O presidente da República e sua base não têm compaixão nenhuma pelos cerca de 8 milhões de refugiados venezuelanos, nem por centenas de mortos, presos ou torturados, incluindo por violência sexuais, revelados por investigações da ONU e do Tribunal Penal Internacional”.
EDUCAÇÃO
Na última sexta-feira, 10, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) realizou debate em torno de “O Sistema Nacional de Educação: avanços e contradições”, reunindo educadores, gestores e representantes da sociedade civil. A proposta foi da deputada Divaneide Basílio (PT).
TABU
A FIERN está quebrando um tabu de 72 anos. Pela primeira vez em sua história, a instituição está empossando uma mulher na presidência. A empresária Conceição Tavares fica na direção da FIERN entre os dias 13 a 27 deste mês.