O NOVO CENÁRIO POLÍTICO
A política brasileira presenciou uma reviravolta no meio de 2025, impulsionada por um episódio de política externa que acabou por injetar novo ânimo na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente, cuja popularidade enfrentava altos e baixos, “saiu das cordas” em um momento crucial, ironicamente, com a ajuda de setores da oposição de direita ideológica.
O catalisador dessa mudança foi o anúncio, em julho de 2025, da aplicação de um aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa medida protecionista se tornou o centro das atenções, mas o ponto de inflexão política no Brasil foi a suspeita de que a ação teria sido articulada por figuras da oposição brasileira, como o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), instalado nos EUA.
Ao ser percebida por analistas e parte da opinião pública como uma tentativa de sabotagem econômica contra o próprio país para desestabilizar o governo, a iniciativa se voltou contra seus idealizadores. O ato, independentemente das intenções de seus apoiadores ideológicos, permitiu que o presidente Lula encampasse um discurso de soberania nacional e defesa do Brasil contra a interferência externa.
O resultado nas pesquisas de opinião foi imediato e favorável ao governo. Em meio ao “tarifaço”, a aprovação de Lula superou a desaprovação pela primeira vez em 2025, segundo pesquisas como a Genial/Quaest, indicando que a população aderiu ao discurso de defesa do país. Esse movimento de recuperação de imagem confere ao presidente Lula maior confiança para a disputa pela reeleição em 2026, visando um potencial quarto mandato.
Com a direita enfrentando um racha interno após o episódio das tarifas — evidenciado pela crítica de alguns aliados a Eduardo Bolsonaro e pela dificuldade em coordenar uma resposta unificada — e o governo Lula se valendo da publicidade oficial travestida de cunho eleitoral sem qualquer contestação de seus adversários, o cenário eleitoral para 2026 se mostra desafiador para a oposição. Embora haja quadros competitivos, como a ex-primeira- dama Michele Bolsonaro (PL) e governadores de direita, as pesquisas indicam dificuldades em obter uma maioria absoluta e em superar Lula, que agora capitaliza um novo e inesperado ativo político: o papel de defensor dos interesses nacionais diante de uma ameaça externa fomentada, em tese, pela própria oposição.
Esse é o quadro da atualidade, há 1 ano de distância do pleito eleitoral.
ALYSSON
Desde que conseguiu derrotar a ex-governadora Rosalba Ciarlini, no pleito de 2020 com uma votação que não chegou aos 48% da totalidade dos eleitores mossoroenses, o prefeito Alysson Bezerra, que renovou o seu mandato com quase 80% do total do eleitorado, não havia enfrentado uma “saraivada” de denúncias.
MANDATO
Durante o primeiro mandato, Alysson Bezerra governou em “céu de brigadeiro”. Não teve grandes realizações na sua primeira gestão, mas ele soube, como ninguém, utilizar as redes sociais para criar uma imagem de bom gestor.
DENÚNCIAS
As várias denúncias de suposta corrupção em sua gestão estão se acumulando nos Ministérios Públicos Estadual e Federal, além das que correm junto ao Tribunal de Contas do Estado. Seus adversários têm sido impiedosos. Evidentemente, umas poucas dessas denúncias são até infundadas.
CONSEQUÊNCIA
Grande parte das denúncias de supostas corrupções na gestão de Alysson Bezerra está fundamentada e podem dar “dor de Cabeça” ao gestor mossoroense durante toda a sua campanha eleitoral do próximo ano.
CANDIDATÍSSIMO
Quem esperar que o prefeito Alysson Bezerra se afaste de seu propósito de se candidatar ao Governo do Estado está enganadíssimo. Ele é candidatíssimo. E com chance ampla de ir a um provável segundo turno e até ganhar a eleição. Só não se sabe o resultado dessas investigações e se podem atrapalhar seus planos.
APOSTA
Há quem aposte que a polarização entre a esquerda lulista e a direita bolsonarista irá “esmagar” Alysson durante a campanha. A polarização é cristalina. Há quem acredite que isso não irá acontecer. Aí, só o tempo dirá.
COSTURAS
Sem perder tempo e com foco na campanha de 2026, Alysson vem costurando apoios importantes de seus colegas prefeitos, até porque ele sabe que, tanto o senador Rogério Marinho quanto a governadora Fátima Bezerra, o vice-governador Walter Alves e o presidente da ALRN, deputado Ezequiel Ferreira de Souza têm compromissos da grande maioria dos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.
ESTRATÉGIA
Alysson está utilizando a estratégia de “socorrer” alguns gestores municipais, que estão com “a corda no pescoço”. Esse S.O.S. tem sido oferecido em formato de parceria. Se vai funcionar, ninguém ainda sabe. Mas está sendo posto em prática.