A POSSIVEL REATIVAÇÃO DE FERROVIAS
Uma nova esperança surge para o escoamento da produção e a melhoria da logística no Brasil, e o Rio Grande do Norte, com sua malha ferroviária inativa, está no centro dessa discussão. A possibilidade de reativar trechos ferroviários em todo o país, impulsionada por uma nova legislação, reacende o debate sobre a importância estratégica do transporte sobre trilhos.
O ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, que atuou como relator da nova legislação ferroviária (Lei nº 14.273/2021), tem defendido a tese de que o novo marco legal oferece as condições ideais para a retomada das operações. A lei simplifica o processo de autorização para construção e operação de ferrovias, substituindo as onerosas e burocráticas concessões por um sistema de autorização mais ágil e menos complexo. Isso permite a entrada de capital privado e a implantação de projetos de menor escala, focados em rotas específicas e com menor risco financeiro.
No Rio Grande do Norte, o potencial de reativação é enorme. O estado possui três importantes ramais inativos: o trecho Macau-Natal, entre Natal-Paraíba e o ramal Mossoró-Souza (PB). Esses corredores, se reativados, poderiam impactar diretamente a economia potiguar. O ramal de Macau, por exemplo, conectaria a capital à importante polo de produção de sal e petróleo. Já a linha Natal-Paraíba fortaleceria a integração regional, facilitando o transporte de cargas entre os estados do Nordeste. O trecho Mossoró-Souza (PB) impulsionaria o escoamento da produção agrícola e industrial do oeste potiguar, ligando-o à Paraíba e, por extensão, a outros estados.
A modernização desses trechos, indo além da simples reativação, é um ponto-chave. Prates aponta para a possibilidade de eletrificar as ferrovias no futuro, o que não apenas tornaria o transporte mais sustentável, mas também mais eficiente e econômico. A eletrificação elimina a dependência de combustíveis fósseis e reduz os custos operacionais, tornando o modal ferroviário ainda mais competitivo em relação ao rodoviário.
A reativação das ferrovias no Rio Grande do Norte não beneficiaria apenas o setor industrial e agrícola, mas também teria um impacto positivo na sustentabilidade e na segurança. O transporte de grandes volumes de carga por trem diminui o tráfego de caminhões nas rodovias, o que reduz a emissão de poluentes e o número de acidentes.
O cenário é promissor. A nova legislação e a crescente demanda por soluções logísticas eficientes criam um ambiente favorável para que o apito do trem volte a ecoar pelos trilhos inativos do Rio Grande do Norte, impulsionando o desenvolvimento e a competitividade da economia local.
DESISTÊNCIA
Agora que o Superior Tribunal Federal – STF confirmou que a mudança no número de deputados federais só ocorrerá para as eleições de 2030, várias figuras da política estadual “puxaram o freio de mão” em suas pretensões em disputar uma das vagas da Câmara Federal.
CATIVA
Embora não haja cadeira cativa entre os atuais oito ocupantes das vagas do RN na Câmara dos Deputados, há um consenso de que os atuais parlamentares saem em vantagem na disputa pela reeleição, uma vez que disponibilizam de gordas verbas das emendas parlamentares.
CLIENTELA
Os atuais deputados e deputadas federais pelo Rio Grande do Norte vão tentar a reeleição no próximo pleito e partem em vantagem contra os demais postulantes, pois a disponibilidade de verbas para os municípios e instituições representam perfeitamente o trabalho desenvolvido pelos parlamentares.
CLÃ
Com a desistência do atual vice-governador Walter Alves em disputar qualquer que seja o cargo eletivo nas próximas eleições, caberá ao ex-prefeito Carlos Eduardo Alves salvar o clã do desaparecimento da política estadual.
SALVAÇÃO
Aluízio Alves começou na política como deputado federal, em 1945, e daí criou o clã Alves com vários detentores de mandatos eletivos na política do RN. Hoje, 80 anos depois, com reais possibilidades de viabilizar eleição para manter vivo esse clã vitorioso, tem Walter Alves e Carlos Eduardo Alves.
SALVAÇÃO 2
Afora os dois – Walter e Carlos Eduardo – que ainda militam, só se Henrique Alves ou Garibaldi Filho quiserem voltar à política partidária. O clã está sujeito a desaparecer 80 anos depois.
PETISTAS
Enquanto Cadu Xavier tomou a iniciativa de “detonar” o posicionamento da senadora Zenaide Maia, muitos “petistas de carteirinha” estão revoltados com a inabilidade do “trunfo” do PT para a eleição ao Governo do Estado.
OBSERVATÓRIO
Em seu Observatório da Oposição nº 103, o senador Rogério Marinho sintetiza: “Farsa fiscal, dívida sem controle, blindagem à JBS, ataque ao agro, MST premiado em universidade e leniência com o crime”, para identificar o governo Lula.