EDUCAÇÃO NA BERLINDA
No último domingo, o deputado Eduardo Bolsonaro ao participar de um ato em favor da população poder portar armas foi ao extremo e comparou professores a traficantes de drogas. Ele se referia a professores doutrinadores, àqueles profissionais da educação que através de seus contatos diários com o alunado tenta conquistar adeptos ao seu posicionamento ideológico.
Passados alguns poucos dias dessa gritante comparação envolvendo o setor da educação, eis que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva decide encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares no país por ter sido implantado pelo sucessor Jair Messias Bolsonaro. O chefe do Executivo e o ministro da Educação, Camilo Santana, devem assinar um decreto a ser publicado nos próximos dias, no Diário Oficial da União, embora desde a última quarta-feira, 12/07, a Secretaria de Educação Básica, ligada ao Ministério da Educação, tenha enviado oficio aos secretários de educação de todo o país para informar como irá se dar a finalização do projeto das Escolas Cívico-Militares.
Um, no seu tresloucado posicionamento faz comparações estrambóticas e fere toda uma classe de profissionais dedicados à educação; o outro, ressentido, enfezado e agressivo, acaba com um formato de educação aceito por grande parte da população.
Ambos estão deixando a educação na berlinda.
BATOM
Sabe aquela história de “batom na cueca” como prova maior de ser culpado? Pois bem, foi exatamente isso que ficou claro (para uns) no pronunciamento do ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), em evento promovido pela União Nacional de Estudantes. Sob os aplausos do ministro da Justiça Fabio Dino, o eufórico Barroso revelou, entre outros fatos que “derrotamos o bolsonarismo”. E mais, depois das vaias de um grupo de estudantes, Barroso foi enfático ao dizer “Já enfrentei a Ditadura e já enfrentei o bolsonarismo, não me preocupo”.
CULPA
Para uns, o discurso do ministro Barroso, ao lado do ministro Dino do governo Lula, só veio confirmar o envolvimento da maior instituição da justiça, no caso o STF, na perseguição ao ex-presidente Bolsonaro, uma vez que o próprio e mais o ministro Alexandre de Moraes são os dois membros da alta corte que mais se envolveram em querelas com o ex-presidente, seus maiores desafetos. Entretanto, o próprio STF se encarregou de emitir nota de esclarecimento ao justificar que as palavras de seu ministro eram referentes à derrota de Bolsonaro pelo voto. Não se tenha dúvida de que cada parte vai divulgar a sua verdade. A verdade que lhe convier.
ESCLARECIMENTO
Ontem, aqui na coluna, dissemos que caso houvesse a cassação do mandato do deputado General Girão, a 1ª suplente, dra. Roberta Lacerda, que obteve pouco mais de 14 mil votos poderia não assumir a vaga por não ter atingindo a cláusula de barreira, ou seja, os 20 mil votos, aqui no RN. Sobre o assunto, a especialista em direito eleitoral Viviane Oliveira nos enviou a devida correção.
É ROBERTA, SIM
No seu esclarecimento sobre a interpretação da coluna de que haveria interferência do TRE para definir quem ficaria com a vaga de Girão, a advogada Viviane Oliveira foi clara e objetiva: “A legislação eleitoral nesse ponto ela é muito clara. O suplente não precisa alcançar a cláusula de barreira para assumir a cadeira, ele pode assumir com 10 votos, 20 votos, não importa. Portanto, no caso de a dra. Roberta Lacerda ser chamada não tem nenhum impedimento legal, está dentro da legislação”. É Roberta, sim. Feita a retificação.
LEITOR
Um novo leitor da coluna, engenheiro, que vem acompanhando o disse-me-disse entre a Prefeitura de Natal e o Idema sobre o licenciamento das obras da praia de Ponta Negra fala das dificuldades impostas pelo órgão que faz o licenciamento ambiental e joga gasolina na fogueira: “Eu sou testemunha de como o Idema é complicadíssimo nas análises de licenças ambientais. Um exemplo real: Nós estamos há 18 meses esperando por uma Licença Prévia de um Condomínio que estamos querendo construir em Pipa. Toda semana eu vou lá e ficam enrolando com desculpas idiotas”.
ZÉ DIAS
Ontem, na Assembleia Legislativa, o deputado José Dias (PSDB) também debulhou uma série de reclamações de empreendimentos no estado que vêm sendo retardados por conta da morosidade do Idema.