ALTERNATIVAS DA INDÚSTRIA SALINEIRA
A indústria salineira do Rio Grande do Norte, embora robusta em volume, tem um vasto horizonte a explorar na diversificação de seus produtos. Ir além do sal de mesa e do sal industrial básico é fundamental para aumentar a competitividade no mercado exterior e agregar valor à produção norte-rio-grandense.
Uma das vertentes é o desenvolvimento de sais especiais e gourmet. A busca por produtos diferenciados na culinária global está em alta. A produção de flor de sal, por exemplo, um sal de alta qualidade colhido manualmente da superfície da água, possui valor de mercado significativamente superior ao sal comum e já é explorada em algumas salinas potiguares.
Outra vertente é o sal para uso industrial e agrícola com especificações técnicas. A indústria alimentícia, farmacêutica, têxtil e a agricultura demandam diferentes tipos de sal, com graus de pureza. Investir em processos de refino e purificação para atender a essas exigências pode abrir mercados valiosos e de maior margem de lucro. No setor agrícola, o sal pode ser fonte de nutrientes importantes para fertilizantes, aproveitando a composição mineral das águas.
No entanto, a grande revolução pode vir do aproveitamento das chamadas águas-mães, que há muito vem sendo discutido, mas sem qualquer ação governamental ou empresarial. Estas são as salmouras residuais que ficam após a cristalização do cloreto de sódio nas salinas. As águas-mães são verdadeiros reservatórios de outros minerais valiosos, como magnésio e potássio, que possuem vasta aplicação em indústrias como a de fertilizantes e farmacêutica. Pesquisas do professor Tiago da Rocha Silva, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) já apontam para o potencial de extração desses elementos, transformando um descarte em nova fonte de receita e reduzindo o impacto ambiental.
Um dos minerais mais cobiçados atualmente, e que pode estar presente nessas águas-mães, é o lítio, muito utilizado no fabrico de baterias. Embora a principal fonte de lítio no Brasil seja a mineração em rochas (como no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais), a extração de lítio de salmouras já é uma realidade em outros países, a exemplo do Chile, Argentina e Bolívia, que formam o “triângulo do lítio”. Embora complexa e demandando estudos aprofundados de viabilidade técnica e econômica, a possibilidade de extrair lítio do sal marinho, ou das águas-mães enriquecidas, representaria um salto gigantesco para a indústria norte-rio-grandense. Isso, sem dúvida, exigiria parcerias com centros de pesquisa e empresas de tecnologia especializadas em extração direta de lítio que buscam métodos mais sustentáveis e eficientes.
A diversificação, portanto, não é apenas uma estratégia para a indústria salineira; é uma necessidade para garantir sua longevidade, agregar valor e posicionar o Rio Grande do Norte na vanguarda da economia de minerais estratégicos.
CALADO
O prefeito Jaime Calado, de São Gonçalo do Amarante que é o 4º maior colégio eleitoral do estado, falou ao Diário do RN e comentou a atual situação dos políticos que estarão disputando o pleito de 2026. “Ainda é cedo para posicionamentos. O prefeito Alysson, que lidera todas as pesquisas de opinião pública na disputa pelo governo estadual, ainda não se lançou candidato”. Para Calado, tudo só vai acontecer de verdade no próximo ano.
EZEQUIEL
O deputado Ezequiel Ferreira de Souza, mesmo com compromisso político com a governadora Fátima Bezerra para o pleito de 2026, continua sendo o “fiel da balança” em qualquer circunstância. Até mesmo se ele se decidir em disputar cargo majoritário e, certamente, não deixará, mais uma vez, “o cavalo passar selado” em sua frente, como ocorreu em 2022.
CADU
E o Partido dos Trabalhadores (PT) não pensa em nenhuma possibilidade de abrir mão da candidatura de Cadu Xavier (PT) para substituir a governadora Fátima Bezerra. O PT não quer largar o osso. Nem respeita o potencial político de quem lhe foi fiel durante os últimos anos, como é o caso de Ezequiel.
ESTUDOS
O Grupo de Estudos, formado para dar andamento ao processo aberto junto ao IBAMA para viabilizar o licenciamento para o cultivo de alga tipo kappaphycus alvarezii no estado, se reuniu na manhã de ontem e elaborou documento definindo locais considerados apropriados para experimentos, que será encaminhado ao órgão federal.
POTÁSSIO
Com o cultivo da kappaphycus viabilizado, o Rio Grande do Norte poderá ter capacidade em deixar o Brasil autossuficiente na produção de potássio, nutriente mineral bastante utilizado na agricultura. Hoje, o Canadá e a Russia fornecem cerca de 70% do potássio utilizado no Brasil.
Outros países como Belarus, China e Jordânia também contribuem para o fornecimento de potássio para o consumo brasileiro.