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    VOLONTÉ DE NATAL

    Horácio Paiva
    14/11/2024, 04:53 Artigos
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    Soube há pouco do encantamento do poeta Volonté (Manoel Fernandes de Sousa Júnior). Antes haviam partido Diulinda, Obery, Eduardo Gosson, Anchieta, Charlier, Luiz Eduardo, Inácio, Leonardo… e mais outros e outros. Tenho perdido inúmeros amigos, ao longo da vida. Novas e velhas amizades. Algumas delas, tão antigas, que já me pareciam fora do tempo e nelas podia enxergar a eternidade. Tudo faz parecer um sonho… E neste mistério, em que não deixo de pensar e no qual me debruço todos os dias, estão os legendários versos de Calderón, e seu acorde definitivo: “la vida es sueño y los sueños sueños son”. E cada amigo que se encanta, sinto-o mais vivo e daí mais acesa a sua saudade.

    Com a idade, que avança a cada volta em torno do sol, a soma dessas perdas aumenta. Quando bem jovem, ainda estudante universitário no Recife, lembro que destaquei, numa reunião com amigos, o seguinte paradoxo: ou morremos cedo, aproveitando pouco a vida, não vendo a partida de muitos que amamos, ou tarde, já idosos, mas acelerada a solidão sem mais a presença de quase todos entes queridos cuja perda fomos condenados a sofrer.

    A leitura de “Monólogos on-line”, de meu amigo e ex-professor de Introdução à Ciência do Direito Ivan Maciel de Andrade, traz a oportuna lembrança do ilustre pensador Alceu de Amoroso Lima, que assim se expressa: “Ninguém morre de uma vez só. Vamos morrendo pouco a pouco na pessoa daqueles que vão partindo antes de nós e cada um dos quais leva consigo um pouco de nós mesmos”.

    Escrevendo esta nota, lembrei-me de um poema que fiz há algum tempo, intitulado NA PORTA MAIOR, que, num único ato, retrata esse “sentimento trágico da vida”, na expressão de Unamuno.

    Afinal, carregamos em nossos corações muitos mortos queridos:

    NA PORTA MAIOR
    No portal da transposição ou porta maior
    por onde migram as almas
    em busca dos Elísios
    perguntam a José:

    Quantos mortos carregais?

    Nenhum
    pois não me foi dado o tempo
    do convívio humano.
    Venho do Limbo
    e nada tenho a confessar.

    Perguntam a Pedro:

    Quantos mortos carregais?

    Muitos
    pois muitos anos vivi:
    dezenas de parentes e amigos
    que se foram antes de mim
    e mesmo alguns inimigos que perdi
    perdendo a voz de sua volta
    no íntimo desejada.

    Mas ainda jovem
    da sibila ouvi
    que assim seria:
    primeiro eu
    ou eles
    e escolha não haveria.

    Ver ou não ver:
    eis a questão ou
    funesta profecia –
    quem vivesse ficaria
    para ver partirem os demais.

    A esses sobrevivi
    e agora comigo os trago.

    Perguntam a Antônio:

    Quantos mortos carregais?

    Na verdade
    ainda não morri
    e nem mesmo sei
    o que faço aqui.

    O desânimo talvez
    ou a apatia
    construiu o vazio
    deste outro mundo
    em que me encontro.

    Podem chamar
    se quiserem
    de tédio ou depressão
    o que ainda presos
    mantém meus passos
    no antigo chão.

    Perguntam enfim à morte:

    Quantos mortos carregais?

    Todos
    porque todos são
    como se fossem
    filhos meus.

    • E isto porque convém à morte
      estar nos vivos e nos mortos
      e com todos compartir
      suas responsabilidades.
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