O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, publicou uma mensagem endereçada ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), pedindo que o aliado “continue lutando”.
“Ordens de silêncio, proibições em redes sociais e julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça”, declarou Orbán, em publicação via redes sociais.
A manifestação do líder húngaro, de direita, ocorre dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviar uma carta a Bolsonaro demandando que o julgamento no Brasil ao qual o aliado é submetido seja interrompido “imediatamente”.
Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo que seria um plano de golpe de Estado contra o resultado da eleição de 2022.
Na sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, chegou a determinar medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição do uso de redes sociais.
Nesta segunda, em despacho, Moraes esclareceu que Bolsonaro está proibido de utilizar as redes “diretamente ou por intermédio de terceiros”, o que incluiria entrevistas veiculadas por plataformas.
A decisão de Moraes fala em atuação “coordenada” entre Jair e um de seus filhos, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para “intimidar autoridades brasileiras e obstruir o curso da ação penal” sobre o suposto plano golpista.
Eduardo está desde o começo do ano nos EUA alegando buscar sanções contra Moraes e, neste contexto, celebrou anúncios americanos em relação a um tarifaço contra importações vindas do Brasil e ao cancelamento do visto de Moraes.
Em meio à atuação de Eduardo em solo americano, a decisão proferida por Moraes na sexta também também proíbe o ex-presidente de se aproximar de embaixadores e de se comunicar com diplomatas estrangeiros.
Em março do ano passado, reportagem do jornal americano The New York Times apontou que Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria em Brasília, logo após uma operação da Polícia Federal (PF) apreender seu passaporte.
“Você pode colocar uma tornozeleira eletrônica em um homem, mas não na vontade de uma nação”, finalizou Orban.
*Com informações da CNN

