O jornalista do portal estadunidense The Washington Post, Terrence McCoy, relatou em uma matéria publicada neste domingo (29) uma experiência marcante com o Sistema Único de Saúde (SUS) durante uma viagem a Paraty, no Rio de Janeiro, o post nas redes sociais viralizou. McCoy escreveu comparando a experiência no Brasil com o sistema de saúde dos Estados Unidos, especialmente em um momento de grande debate político em Washington. “Tive uma emergência. O SUS me atendeu. Sabe a conta? ZERO REAIS. Isso não é possível nos Estados Unidos.” – afirmou Terrence.
Terrence sofreu um corte na cabeça ao fechar o porta-malas do carro, após o ferimento, ele recebeu atendimento médico gratuito, o que o deixou impressionado. McCoy estava a caminho do Rio de Janeiro com o filho, que apresentava febre. Ao organizar a bagagem, o porta-malas se fechou e atingiu sua cabeça, provocando um ferimento com sangramento intenso. Uma ambulância foi acionada e ele foi encaminhado ao Hospital Hugo Miranda, onde recebeu atendimento médico completo, incluindo pontos, exames de imagem como raio-X e tomografia, além de medicação, tudo sem qualquer cobrança.
“Em um momento em que a assistência médica continua sendo uma das questões mais polêmicas em Washington e o Congressional Budget Office (agência americana que fornece estimativas oficiais de projetos de lei no orçamento) – estima que a legislação nacional do presidente Donald Trump pode deixar milhões de americanos sem seguro, minha admissão inesperada em um hospital público brasileiro serviu como uma espécie de aprendizado sobre um sistema fundamentalmente diferente” – observou o jornalista.
Veja o vídeo postado na rede social de Terrence:
O jornalista destacou sua surpresa ao não ser questionado sobre documentos ou condição financeira. McCoy é Correspondente internacional no Brasil há seis anos, por essa questão, o comunicador também pontuou as dificuldades enfrentadas pelo SUS: filas demoradas, greves, falta e atrasos mas ainda assim – considera o sistema brasileiro mais acessível do que o americano, onde não existe atendimento de graça disponível.
“O SUS está longe de ser perfeito. Pacientes esperam em longas filas por atendimento especializado. Legisladores o deixam subfinanciado. Trabalhadores entram em greve rotineiramente. O sistema cedeu durante os piores dias da pandemia do coronavírus e os hospitais começaram a recusar pacientes, gerando cenas de desespero em todo o país e inflamando divisões políticas”, escreveu.
O filho do jornalista americano, que apresentava febre, também recebeu atendimento. Após cerca de uma hora de espera, foi consultado por um pediatra e diagnosticado com amigdalite. Ele contou que a conta do hospital foi a mesma que a dele, U$ 0.
*Com informações do UOL