O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (25) que gostaria de se reunir com o líder norte-coreano Kim Jong-un neste ano e que está aberto a novas negociações comerciais com a Coreia do Sul.
“Gostaria de me encontrar com ele neste ano”, disse Trump a jornalistas no Salão Oval ao receber o novo presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, na Casa Branca. “Estou ansioso para me reunir com Kim Jong-un em um futuro apropriado.”
Trump e Lee realizaram sua primeira reunião sob tensão. O presidente dos EUA criticou a Coreia do Sul nas redes sociais horas antes do encontro, mas depois voltou atrás.
Apesar de terem fechado um acordo comercial em julho que poupou as exportações sul-coreanas de tarifas mais severas dos EUA, os dois lados continuam discutindo energia nuclear, gastos militares e detalhes de um acordo comercial de US$350 bilhões em investimentos sul-coreanos nos Estados Unidos.
Kim Jong-un prometeu acelerar o programa nuclear da Coreia do Norte e condenou os exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul. No fim de semana, o líder norte coreano supervisionou o teste de disparo de novos sistemas de defesa aérea.
Desde a posse do presidente americano em janeiro, Kim Jong-un tem ignorado os repetidos pedidos de Trump para reativar a diplomacia direta.
Durante a visita à Casa Branca, Lee Jae Myung falou sobre golfe e elogiou a decoração e o trabalho de pacificação do presidente republicano. Antes, disse a jornalistas que leu o livro de memórias do presidente de 1987, “Donald Trump: A Arte da Negociação”, para se preparar.
Durante o encontro, o sul-coreano incentivou Trump a se envolver com a Coreia do Norte.
“Espero que você possa trazer paz à Península Coreana, a única nação dividida do mundo, para que possa se reunir com Kim Jong-un, construir um Trump World (complexo imobiliário) na Coreia do Norte para que eu possa jogar golfe lá e para que você possa realmente desempenhar um papel de pacificador histórico mundial”, disse Lee, em coreano.
A economia da Coreia do Sul depende muito dos EUA, e Washington garante sua segurança com tropas e dissuasão nuclear. Trump chamou Seul de “máquina de dinheiro” que se aproveita da proteção militar norte-americana.
Trump pressiona a Coreia do Sul sobre o acordo comercial já alcançado e sobre uma série de questões relacionadas à aliança militar dos países.
*Com informações da CNN