A criação de um livro, que se transforma em um universo literário, é composta por uma rede de informações que vão se entrelaçando, com acontecimentos e desafios para que a história enfim chegue ao seu ‘felizes para sempre’. O sonho surgiu por meio de um livro escrito por Débora Gimenez, o pseudônimo de Sue Hecker, após anos de dedicação nas páginas de ‘O Lado Bom de Ser Traída’.
O livro homônimo, lançado em 2016, já soma mais de 23 milhões de páginas lidas e se transformou em um longa-metragem produzido pela Netflix. Ao Diário do RN, Sue descreve a emoção de ter seu trabalho adaptado para o primeiro filme brasileiro do gênero conhecido como thriller erótico.
“Tudo isso é como ter um filho, né? Quando você tem um filho, aquela emoção de estar vendo ele nascer é indescritível. Acho que não tem palavras para definir. Amor é muito pouco, agradecimento é muito pouco. É uma coisa muito maior, muito grandiosa. E os leitores, eles fazem papel total. Eu acho que os leitores são alicerces, são como raízes. Uma árvore não vai crescer, não vai florescer, não vai dar frutos se não tiver raízes. Então, eu acho que os leitores são a base de tudo”.
O longa estreou em outubro do ano passado e já acumula mais de 24 milhões de visualizações na plataforma, alcançando o top mundial de filme de língua não-inglesa mais assistido na Netflix. A história traz Bárbara (Giovanna Lancellotti), que em sua noite de despedida de solteira, prestes a trocar alianças com seu noivo Caio (Micael Borges), descobre a traição dele. Em meio ao cenário de desolamento e perda de identidade, Babi decide mudar e recomeçar sua vida, mas seus caminhos com o sedutor juiz Marco (Leandro Lima), podem levá-la a um caminho de descobertas e uma perigosa atração.
Sue conta que para que o livro fosse adaptado para as telinhas, foi um processo árduo de levar seu trabalho para várias produtoras, até que finalmente a história fosse abraçada.
“Então, assim, o filme é igual à editora. A gente não vende direto para a livraria. É muito difícil isso acontecer, né? A gente precisa passar por uma editora e essa editora vai fazer o trabalho de distribuição. É a mesma coisa com o filme de um livro. A gente não vai vender direto para a Netflix, a gente vai vender para uma produtora, e essa produtora vai fazer o roteiro e ela vai oferecer o produto da forma cinematográfica para que alguém se interesse. Então é assim que funciona”
A autora revela que vivenciou todo o processo que durou cerca de 2 anos, e a melhor parte foi poder dividir isso com seus leitores, fundamentais para que o sonho se tornasse uma realidade. “Não é uma conquista da SUE, é uma conquista de todos nós, nós que estamos escrevendo a história do nosso século. É uma conquista que cada um tem a sua participação de uma certa forma, mesmo que as pessoas não estejam envolvidas diretamente, elas fazem parte de tudo isso. São eles que te fazem acreditar, são eles que te impulsionam, são eles que te fazem acreditar, são eles que te dão força, são eles que fazem tudo acontecer. Então, eu acredito que tudo isso só foi possível porque tiveram os leitores, tiveram as pessoas que acreditaram e nada disso estaria acontecendo se não fossem eles”.
Sessão de Autógrafos em Natal, no domingo (21)
Sue Hecker arrumou as malas e está em turnê por algumas capitais do Brasil para encontrar os leitores e dar autógrafos. Neste domingo (21), a paulista estará na Livraria Leitura do Natal Shopping às 17h. O evento é gratuito e aberto para quem conheceu o trabalho de Sue em páginas impressas ou na telinha da Netflix.