O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu, nesta sexta-feira (25), que a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2026 seria a solução para a atual crise diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos, iniciada após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
“Eu já falei isso algumas vezes, a solução do problema está aqui no Brasil. Se a gente fizer o nosso dever de casa, acaba a sanção no mesmo dia. Se a gente fizer as eleições com Jair Bolsonaro nas urnas, não vai ter mais essa qualificação da maior democracia do mundo nos tratar como se fôssemos a Venezuela”, afirmou o senador em entrevista à CNN Brasil.
A sobretaxa foi anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com previsão de entrar em vigor em 1º de agosto. No documento que formalizou a medida, Trump criticou o julgamento de Bolsonaro pelo STF, classificando-o como uma “vergonha internacional”.
Flávio Bolsonaro também criticou a condução da crise pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não estou feliz com essa tarifa de 50%, não quero que ela passe para 100%, mas o que eu estou vendo é o Lula fazendo forças para que isso aconteça”, complementou.
O impedimento: Bolsonaro está inelegível
A “solução” proposta pelo senador, no entanto, esbarra no fato de que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, está inelegível até 2030 por duas condenações distintas na Justiça Eleitoral.
Em junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, em um caso sobre a reunião com embaixadores em que ele atacou o sistema eleitoral. Posteriormente, o ex-presidente foi condenado novamente pelo TSE, desta vez por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022.
Durante a entrevista, Flávio defendeu que as decisões são injustas. “Ele [Bolsonaro] tem o direito de se sentir injustiçado, porque hoje ele é inelegível por duas questões esdrúxulas”, declarou o senador.
*Com informações CNN Brasil