Atenção aos Dados do Turismo Religioso com Superávit
É fato que a cidade do Natal não tem investido na cultura como deveria acontecer. O destino permanece com o foco no Sol e Praia, mesmo quando Gestores da Pasta de Turismo que já passaram buscaram com um grande esforço criar Roteiros para salvar o Centro Histórico, mas a cidade parece que não se preocupa com este segmento do turismo, e parece que é mesmo uma questão cultural. A Praça André de Albuquerque por décadas foi modificada e cada vez mais a memória histórica da cidade se perdendo. O coreto teve umas três modificações deixando de existir no início deste século por volta do ano 2006.
EXAGERO
Esses dias uma pessoa entrou em contato comigo e informou que o destino dela, recebia um número anual de 4 milhões de turistas com o foco no turismo religioso. Sem dúvida algo surpreendente e de se orgulhar se não fossemos partir do princípio básico da quantidade de leitos no destino e de bases estatísticas. Se um destino, recebe em média anual 4 milhões de turistas, ele recebe em média por mês um total de 333,333 mil turistas, chegando a receber por dia 11.111 turistas dia. O cálculo é simples! O destino tem que ter em média pelo menos um número de leitos que sejam justificáveis para que as cidades vizinhas possam suprir a necessidade do restante. Ao consultar o destino, verifiquei que o mesmo tinha um pouco mais de 2 mil leitos, onde parece-me sem sentindo a quantidade de turistas.
ROMEIROS E PERIGRINOS
E o problema não se encontra apenas nesse destino, são vários em nosso país que buscam realizar um superávit na quantidade de Romeiros e Peregrinos que vão ao local. Em qualquer pesquisa do fluxo de turista devemos calcular considerando o fluxo de visitantes obtidos pelos Boletins de Ocupação Hoteleira, relacionando com o número de estabelecimentos de hospedagem no estado onde a Receita Turística é obtida através dessas informações cruzadas com as informações de gasto médio da Pesquisa da Demanda. No caso do Turismo Religioso no que se refere a Igreja Católica devemos ir ainda mais fundo, procurando junto ao Santuário, estas informações que muitas vezes são mais precisas, e confrontar com uma pesquisa séria de fluxo de turista no destino.
EQUÍVOCO
Outro equívoco nos cálculos do turismo religioso é buscar calcular o excursionista com o turista, e isto deve ser bem separado. Mais o ponto preocupante é mesmo criar números imaginários para induzir a dados quantitativos que não são compatíveis.
Por este motivo vai o recado: O turismo religioso é turismo, e a pesquisa do fluxo deve seguir a mesma modalidade que é para o turismo como um todo!

