Por Túlio Lemos
OPOSIÇÃO
Todo governo tem oposição; com variados tamanhos e formas de atuar, mas todos sofrem os ataques da oposição. A questão é o efeito que essa oposição provoca no governo.
FORMA
A oposição tem várias formas de atuar: nas ruas, nas denúncias consistentes que podem embaraçar a gestão nos órgãos fiscalizadores, na mídia, nos parlamentos e nas ruas; sem obedecer sequência. Sendo que uma forma pode potencializar a outra.
EFEITO
O que todas as formas de atuar da oposição buscam é o enfraquecimento e o desgaste do governo, que pode ser sentido no nível de popularidade da gestão e, mais adiante, no resultado das urnas.
FÁTIMA
Caso tomemos como base para análise a gestão Fátima Bezerra, veremos que as formas de atuação da oposição foram insuficientes para enfraquecer o governo, cujo resultado foi a vitória maiúscula em primeiro turno.
FORMATO
A oposição feita ao governo Fátima nas ruas não existiu. Nenhuma pressão ou protestos significativos. Em relação a denúncias, a maior parte frágil, sem consistência para abalar ou gerar consequências de repercussão ou processual. A única que parecia ter força, a CPI da Covid, foi insignificante no aspecto de desgaste, apesar da tentativa forçada da oposição de envolver diretamente a governadora.
BOLHA
No caso do Parlamento, em que pese a acidez dos discursos de alguns parlamentares de oposição, não conseguiram furar a ‘bolha’ do próprio plenário.
MÍDIA
Em relação a mídia, em tempos de polarização e extremismos, quem escolheu fazer oposição radical a Fátima, beirando a ataques pessoais, atendeu aos aplausos de sua bolha radical, mas não conseguiu atingir o principal objetivo, que era fragilizar o governo e beneficiar objetivamente a oposição.
RESULTADO
Portanto, a vitória de Fátima em primeiro turno comprovou a ineficiência da oposição em suas mais variadas esferas. Todos falharam. O governo venceu. E olhe que era um governo sem obras físicas e com discurso monotemático de pagamento de salário atrasado. Porém, a imagem pessoal de Fátima, fez toda a diferença.
REFLEXÃO
Portanto, a oposição precisa se reciclar, refletir as circunstâncias que proporcionaram a derrota e estabelecer um projeto de futuro viável, com um rosto que possa ser catalizador do desgaste do governo e uma operação organizada de oposição.