Um novo capítulo das polêmicas relacionadas à Shein veio à tona. Conhecida por lançar réplicas e versões mais acessíveis de produtos de outras marcas, a varejista chinesa enfrenta atualmente cerca de 100 casos de violação de diretos autorais.
Referência no mercado de fast fashion on-line, a Shein tem crescido cada vez mais no cenário internacional. Contudo, acusações de violação de direitos autorais fazem parte do histórico da varejista. De acordo com informações do Financial Times, a empresa é acusada de plágio em cerca de 100 processos, dos quais 30 foram ajuizados apenas em 2023 nos Estados Unidos.
Em comunicado à imprensa, a Shein alegou que tem investido em sistemas para detectar infrações de direitos autorais na cadeia de suprimentos. Recentemente, a Uniqlo, por exemplo, anunciou que moveu uma ação judicial contra a varejista.
Segundo a etiqueta japonesa, o motivo é uma suposta cópia da famosa bolsa Round Mini Shoulder Bag. Entre os pedidos, a Uniqlo exigiu a “cessação imediata das vendas dos produtos de imitação” por parte da Shein, além de pedir indenização pelos “danos sofridos”.
Shein e as polêmicas
Em processo de expansão, a Shein lida com acusações reincidentes de violação de direitos autorais. Cerca de dez empresas, como Deckers, Oakley e Ralph Lauren, já foram às vias legais mais de uma vez contra a marca chinesa.
Além dos supostos casos de plágio, a varejista, avaliada em mais R$ 60 bilhões, enfrenta processos por violar condições trabalhistas, sobretudo ao utilizar algodão da região de Xinjiang, na China.
Em 2023, congressistas dos Estados Unidos apontaram denúncias de que os trabalhadores são submetidos a campos de trabalho forçado. Sobre as acusações, a Shein disse que está “comprometida em respeitar os direitos humanos”.
Ao longo dos últimos anos, a Shein se popularizou por disponibilizar variedade de peças com valores baixos. No Brasil, a plataforma se tornou um sucesso, principalmente durante a pandemia de coronavírus. Concorre de frente com grandes varejistas consolidadas — em 2022, as vendas resultaram em uma receita que ultrapassou R$ 7 bilhões. Os mais de 100 casos de plágio revelam que a empresa não escapa das polêmicas relacionadas ao modelo de negócio.
Fonte: Metrópoles