A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) convocou, nesta quinta-feira (17), uma coletiva para divulgar o acordo firmado entre a secretaria e o Ministério Público do Rio Grande do Note (MPRN), ao qual ficou firmado o compromisso de abertura de 20 novos leitos no Hospital Deóclecio Marques, em Parnamirim, no prazo de 15 dias, para desafogar os corredores do Hospital Walfredo Gurgel (HWG).
A secretária da Sesap, Lyane Ramalho, explicou o acordo firmado com a justiça para solucionar a situação de sobrecarga da unidade hospitalar: “Levamos uma proposta para solucionar esse problema que é crônico, mas trazer uma solução a curto e médio prazo. Por isso, em 15 dias abriremos 20 novos leitos no Deóclecio, mas pretendemos até encurtar ainda mais esse prazo. Em médio prazo, vamos abrir 15 leitos no 5º andar do Walfredo Gurgel que já está pronto”.
A titular da pasta ressaltou ainda que serão convocados novos profissionais da saúde para compor o quadro em decorrência dos novos leitos abertos: “A parte do 5º andar já está toda pronta, mas precisa de profissionais. Estaremos convocando, em média, 50 profissionais de saúde para termos segurança nessa abertura de leitos clínicos-cirúrgicos e mantermos os corredores vazios”.
No momento em que acontecia a coletiva, por volta das 12 horas, foram contabilizados ainda 20 pacientes nos corredores da unidade que aguardavam encaminhamento para outras unidades, mas não haviam macas retidas. Questionada sobre essa problemática recorrente das macas retidas, Lyane Ramalho explicou: “Muitas vezes o SAMU Natal chega aqui (Walfredo) e há uma dificuldade na liberação de vagas. Mas, existe uma sistemática de giro de leitos dentro do Walfredo Gurgel que de alguma forma tem sido acelerada e nesses últimos dias não há mais macas presas. De forma que o SAMU possa desenvolver o trabalho dele”.
A secretária enfatiza que a unidade é a maior referência do estado, principalmente no setor ortopédico, e que recebe uma alta demanda das cidades vizinhas e interiores: “O Walfredo é a grande porta de entrada ortopédica das cidades da região metropolitana, onde é feita essa primeira intervenção e avaliação, só após isso é feito o encaminhamento para outras unidades hospitalares, de acordo com o perfil cirúrgico de cada paciente. Como nesses últimos dias houve uma sobrecarga, esse paciente ficou nos corredores”.
Lyane salienta ainda que não existiu a prática de “esconder pacientes” para apresentar corredores livres: “não existe isso de esconder paciente, jamais isso aconteceu dentro do Walfredo Gurgel, isso é importante que fique claro. Temos trabalhado para que o giro de leitos aconteça de uma maneira rápida e eficaz”.