Um sargento da Polícia Militar do Rio Grande do Norte concorre ao Prêmio Jabuti de Literatura, o maior e mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Com a obra “Flor do Mandacaru – O Amor em meio ao Cangaço”, o 2º sargento Claudionor de Oliveira Júnior, sob o pseudônimo “Teimoso Zen” está entre os finalistas na categoria autor estreante. A lista com os finalistas em cada uma das 23 categorias foi divulgada nesta terça-feira (7). Veja indicados em cada categoria clicando aqui.
Os grandes vencedores de cada categoria serão anunciados no dia 27 de outubro numa cerimônia de gala no Rio de Janeiro. A cerimônia, que será exclusiva para convidados, terá transmissão ao vivo pelo canal da CBL no YouTube. Os vencedores receberão a estatueta do Jabuti e um prêmio de R$ 5 mil. O processo de curadoria e julgamento das obras desta edição envolveu mais de 60 jurados com formações diversas e ampla representatividade, segundo a organização do prêmio.

O curador do prêmio, Hubert Alquéres, ressaltou a relevância desta edição. “Recebemos um total de 4.530 inscrições, o que demonstra a vitalidade da produção literária brasileira e a importância do Jabuti. Agradecemos aos jurados pela dedicação e pelo empenho em selecionar, entre tantas obras de qualidade, aquelas que chegam à etapa final”, afirmou.
O romance
“Flor do Mandacaru – O Amor em meio ao Cangaço” é um romance regionalista tipicamente potiguar, e cujo pano de fundo é a história do cangaceiro Jesuíno Brilhante.
Também chamado de o “Cangaceiro Romântico”, Jesuíno Brilhante nasceu em 1844, na zona rural de Patu, no Oeste potiguar. Virou bandoleiro em 1871 pelo fato de seu irmão ter apanhado no meio da rua e pelo roubo de uma cabra que lhe pertencia. Foi considerado um cangaceiro gentil. Era adorado pela população pobre, pois sempre ajuda os menos favorecidos com alimentos que subtraia dos coronéis quando saqueava os comboios que eram enviados pelo governo para as vítimas das secas, mas que ficavam nas mãos dos poderosos e nunca chegavam à população. Além disto, também era defensor dos fracos, das crianças agredidas, dos velhos e das moças ultrajadas. O cangaceiro foi alvo de uma emboscada em uma área rural da cidade de Belém do Brejo do Cruz, na Paraíba, quando levou dois tiros e morreu pouco depois, em novembro de 1879.
O policial
O 2º sargento Claudionor tem 24 anos de carreira na Polícia Militar do RN. Atualmente é lotado no Batalhão de Policiamento Escolar e Prevenção às Drogas e Violência (BPRED), onde atua como instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, o PROERD.
Claudionor também é voluntário da Cruz Vermelha RN e atua como instrutor e coordenador do curso de Atendimento Pré-Hospitalar da CVRN.
*Com informações de Tribuna do Norte