O São Paulo venceu o Corinthians nos pênaltis por 4 a 3 e conquistou neste sábado (15) a Supercopa Feminina Betano 2025, no MorumBIS, em São Paulo. Em sua casa, o Tricolor paulista quebrou a hegemonia do rival paulista, até então único campeão do torneio, e comemorou o título diante de seus torcedores. A Supercopa abre oficialmente a temporada do futebol feminino brasileiro.
Durante os 90 minutos, Soberanas e Brabas do Timão não movimentaram o placar, forçando a necessidade de uma disputa por pênaltis para decidir o campeonato. Robinha converteu a última penalidade, para a festa das jogadoras, da comissão técnica e das arquibancadas.
Premiação recorde
Na final, a CBF destinou uma premiação recorde para a Supercopa Feminina: R$ 1,2 milhão, valor 20% superior ao distribuído na edição de 2024, quando a entidade pagou R$ 1 milhão. Desta vez, o São Paulo irá faturar R$ 700 mil e o Corinthians, R$ 500 mil. A CBF aumentou também as cotas para todos os participantes da competição.
Arthur Elias presente
O treinador da Seleção Brasileira Feminina, Arthur Elias, acompanhou no MorumBIS a decisão entre São Paulo e Corinthians e participou da cerimônia de premiação às finalistas. Ele e sua comissão técnica se preparam para anunciar a convocação para os amistosos com os Estados Unidos, em abril, fora de casa.
Campanha São-paulina
Para chegar à decisão, as Soberanas golearam o Sport nas quartas de final por 4 a 0, na Ilha do Retiro, no Recife, com gols de Giovanna Crivelari, Bia Menezes, Karla Alves e Bruna Calderan. Na semifinal, derrotaram o Flamengo por 1 a 0, com tento de Kaká, na Vila Belmiro, em Santos.
Os resultados credenciaram o São Paulo a ter a melhor campanha da Supercopa e por isso foi o mandante na final.
O jogo
No primeiro tempo, o equilíbrio prevaleceu. Nas chances mais promissoras, a corinthiana Gabi Zanotti, aos 17 minutos, tentou de voleio, defendido pela goleira são-paulina Carlinha. Pouco depois, no minuto 19, Dudinha teve seu chute dentro da área desviado e defendido por Lelê.
Já no segundo tempo, o São Paulo teve maior controle do jogo, enquanto o Corinthians se defendia, mas levava perigo nos contra-ataques. Aos três minutos, Dudinha foi derrubada na área e sofreu pênalti, ao tentar driblar Lelê. A goleira do Timão, porém, se redimiu e defendeu a cobrança de Camilinha.
O Corinthians respondeu cinco minutos depois, em cabeceio de Ariel Godoi para boa defesa de Carlinha, e ficou perto de balançar as redes no minuto 19, após confusão dentro da área das Soberanas. A bola sobrou para Ariel Godoi, que chutou e teria aberto o placar se Bia Menezes não estivesse bem posicionada para cortar o lance. Aos 31 minutos, Carol Nogueira apareceu em velocidade na área e finalizou, exigindo que Carlinha espalmasse para escanteio.
Nos acréscimos, Karla Alves marcou para o São Paulo, mas o lance foi invalidado por impedimento de Aline Milene no começo da jogada. Diante do 0 a 0 ao fim do tempo regulamentar, a decisão foi para os pênaltis.
Nas penalidades, Vic Albuquerque, do Corinthians, e Aline Milene, do São Paulo, desperdiçaram as cobranças. Na quinta tentativa corinthiana, Gisela Robledo chutou para fora, e Robinha, em seguida, converteu e marcou o gol do título são-paulino.