A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que a mudança nos tributos sobre o consumo são a “salvação da lavoura” da economia brasileira e podem impulsionar o PIB. Ela esteve na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (6) para acompanhar a votação da reforma tributária.
“Estou muito otimista, não só pela certeza do que estamos fazendo, de que esta é a salvação da lavoura. É a única reforma capaz de tirar o Brasil dessa crise de não crescer há quatro décadas, porque falar de crescimento de 0,8% ao ano, menos de 1% por 40 anos, é um não crescimento”, disse Tebet.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que é vinculado ao Planejamento, estimou que a reforma pode produzir um aumento extra de 0,5 ponto percentual ao ano no crescimento econômico do País.
Apesar da presença de Tebet no Congresso, o governo Lula tomou distância da reforma, com o argumento de que se trata de um projeto do Congresso. A estratégia política foi a de neutralizar os efeitos de uma disputa governo versus oposição na pauta econômica.
A ministra, que até o ano passado era senadora, prevê que a PEC (proposta de emenda constitucional) da reforma terá uma tramitação longa no Senado.
“É uma casa que vai precisar um pouco mais de tempo porque é uma reforma tão importante que é preciso que os 27 Estados e o DF estejam satisfeitos e seguros de que não terão perda na sua arrecadação, que não perderão postos de trabalho com o fim dos incentivos fiscais”, afirmou.
Os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste já avisaram que vão recorrer aos senadores para incluir no texto constitucional a previsão dos critérios para a divisão do Fundo de Desenvolvimento Regional, a ser criado para mitigar os efeitos do fim dos benefícios fiscais.
Ainda assim, ela prevê que a reforma pode ser aprovada até o fim do ano.