O senador Rogério Marinho tem se destacado no cenário nacional ao ocupar a liderança da oposição na Câmara Alta, inclusive quando provocou, logo no início de seu mandato, o governo Luiz Inácio Lula da Silva a gastar parte do seu capital de empregos e emendas parlamentares para derrota-lo como adversário de peso contra o eleito presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Na função de líder da bancada senatorial, tem se conduzido com o equilíbrio que a função requer, fazendo uma oposição responsável ao governo do Partido dos Trabalhadores (PT), seu maior adversário.
Sensato em suas atitudes, o senador Rogério Marinho (PL) bem que já podia ter assumido o comando do Partido Liberal (PL) no Rio Grande do Norte, mas tem evitado um choque com o deputado federal João Maia, atual presidente regional do PL, embora o momento requer sua assunção ao comando para reestruturar o partido e preparar filiações de peso com vistas às eleições municipais de 2024, ocasião em que serão escolhidos os novos vereadores e prefeitos.
Pelas conversas já registradas entre o senador potiguar e o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto, Rogério Marinho já deveria ter assumido o comando do PL no Estado, mas tem preferido evitar um conflito interno com o atual presidente e por essa razão é que tem postergado convocar eleição interna para eleger nova diretoria estadual.
ASSUME EM JUNHO
Para um dos correligionários mais próximos do senador Rogério Marinho que prefere o anonimato, “ele deverá assumir o comando do Partido Liberal no RN durante o mês de junho, pois entende que irá aproveitar todo o segundo semestre deste ano para visitar os municípios norte-rio-grandenses preparando novas filiações e organizando as nominatas de vereadores e prefeitos com vistas às eleições de 2024”. A esse mesmo correligionário, o senador Rogério Marinho cientificou que o PL terá candidatos a prefeito em quase a totalidade dos municípios potiguares, especial nos maiores colégios eleitorais como Natal, Mossoró e Parnamirim.
O senador potiguar que é líder da bancada oposicionista no Senado Federal tem a consciência de que a sua vitória, em 2022, sobre Carlos Eduardo Nunes Alves, quando obteve 708.351 votos (41,85%) contra 565.235 sufrágios (33,40%) do ex-prefeito de Natal, foi consequência do envolvimento de todos os prefeitos municipais beneficiados com obras e recursos financeiros do governo federal e quer aproveitar essa gama de correligionários para fortalecer o Partido Liberal nas próximas eleições.
BOLSONARISMO
Foi durante a gestão de Bolsonaro que Rogério Marinho, mesmo sem mandato eletivo, foi alçado à condição de Secretário Especial de Previdência e Trabalho, do 2º escalão, e posteriormente convidado para assumir o Ministério do Desenvolvimento Regional, por onde viabilizou recursos financeiros para a quase totalidade dos municípios norte-rio-grandenses.
Mesmo se mantendo fiel a quem lhe fortaleceu para chegar ao Senado Federal, que foi o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), Rogério Marinho sabe que não pode conduzir suas próximas campanhas dentro do mesmo espírito de radicalismo extremo do bolsonarismo – até porque não é o seu estilo – mas deverá se manter fidelíssimo às alas do centro-direita, da direita e aos contrários ao sistema liderado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
PRIORIDADES
Com o senador Rogério Marinho na presidência regional do PL, que será oficializado no próximo mês de junho, o partido tende a se fortalecer ainda mais com as eleições de vereadores e prefeitos em grande parte dos municípios potiguares. Para o correligionário do líder da bancada da oposição no Senado, “Rogério é inteligente, sabe fazer política com os pés no chão, tem prestígio com a maioria dos prefeitos e por isso vai fazer o PL crescer, principalmente nas principais cidades como Natal, Mossoró e Parnamirim”.
Para Natal, quando Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério destinou substanciais verbas do governo federal que estão viabilizando com que o prefeito Álvaro Dias tenha obras estruturantes em sua gestão, embora não tenha mantido o mesmo nível de recursos financeiros para Mossoró e nem para Parnamirim, “mas nesses três municípios, os maiores colégios eleitorais do RN, o Partido Liberal não abrirá mão de indicar candidatos a Prefeito para disputar o pleito municipal de 2024”.
O que o senador Rogério Marinho terá que se conscientizar é de que o crescimento de seu partido no RN vai depender de como estarão sendo avaliadas as gestões da governadora Fátima Bezerra e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seus mais ferrenhos adversários.
Por Bosco Afonso