A Federação da Indústria do Rio Grande do Norte (FIERN) atualizou os principais indicadores e projeções da economia potiguar. A análise está presente, gratuitamente, na plataforma “Termômetro Mais RN”, que traz os números detalhados em séries históricas. A ferramenta é considerada ideal para que o investidor possa medir e sentir a temperatura do ambiente de negócios no Estado.
Entre os principais indicadores do Rio Grande do Norte no setor econômico estão a balança fiscal do Governo do Estado (R$ 566 milhões de superávit), geração de empregos (que fechou o mês de março com saldo positivo de 1.415 novos postos de trabalho), abertura de novas empresas (1.383 novos negócios), índice de confiança do empresário industrial (56,5 pontos), índice de inflação na cidade de Natal (alta de 0,44% no mesmo período) e valor da cesta básica na capital potiguar (que ficou 1,05% mais cara).
Balança fiscal
A balança fiscal do Governo do RN apresentou superávit de R$ 566 milhões em março. Isso significa que o Estado arrecadou mais do que gastou. No mês, entraram nos cofres públicos pouco mais de R$ 2,1 bilhões, sendo gastos pouco mais de R$ 1,5 bilhão. Esta foi a primeira vez em 2024 que o Estado conseguiu juntar dinheiro. Em janeiro, o déficit foi de R$ 1,4 bilhão. Em fevereiro a conta também ficou no vermelho: saldo negativo de R$ 762 milhões, segundo o “Termômetro Mais RN”.
Geração de empregos
O saldo é positivo no estado, com acumulado de 1.415 empregos gerados, muito graças ao comércio e o setor de serviços. Somente em março, foram abertos 3.163 postos de trabalho. Destaque também para a construção civil, com 638 novas vagas. Puxando para baixo, foram ruins os desempenhos na indústria e na pecuária. No setor produtivo, 1.034 empregados deixaram de trabalhar. Já no campo, mais gente ficou desempregada: 1.667.
Abertura de novas empresas
Outro dado importante é o de abertura de empresas. Em março, o Rio Grande do Norte ganhou 3.757 novos negócios e 2.374 empreendimentos deixaram de existir. A diferença representa um saldo positivo de 1.383 novas empresas. E saldo positivo significa que o ambiente de negócios está favorável. Uma alta no número das aberturas de empresas representa mais emprego e maior arrecadação para o Estado.
Inflação em Natal
Na economia, a inflação é uma das piores vilãs. É ela quem fez o bolso pesar ainda mais no final do mês. Foi o que aconteceu em março, com alta de 0,44%. Alimentação e bebidas (+1,40%), vestuário (+ 0,29%), saúde (+ 0,24%), despesas pessoais (+0,21%), artigos de residência (+0,06%), educação (+ 0,06%) e gastos com comunicação (+0,04) puxaram a conta para cima. Alívio mesmo só com os setores de habitação (- 46%) e transportes (- 0,18%).
Índice de confiança
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) se manteve praticamente estável ao longo de abril (variação de 0,1 ponto), passando de 56,4 para 56,5 pontos, revelando que os empresários potiguares seguem confiantes (valores acima de 50 pontos indicam confiança). Na avaliação dos líderes industriais, as condições atuais dos negócios apontaram piora na comparação com os últimos seis meses – a segunda consecutiva. Já as expectativas para os próximos seis meses continuam positivas, observa-se inclusive, um aumento do otimismo em relação ao levantamento anterior.
Cesta básica
Na cesta básica do natalense, que ficou 1,05% mais onerosa em março, as frutas foram as responsáveis pela balança desiquilibrada (+ 41%). Na sequência, também ajudando a elevar o preço da alimentação: legumes (+ 16,53%), óleo de cozinha (+ 14,10%), tubérculos (+ 4,76%), farinha (+ 4,48%), leite (+ 1,72%), café (+ 0,70%) e feijão (+ 0,27%). Caíram de preço: pão (- 4,87%), margarina (- 3,27%), carne de boi (- 1,18%) e arroz (- 0,19%).