Os microempreendedores individuais (MEIs) lideram o cenário, com 125.053 pequenos negócios optantes pelo simples ativos. As microempresas (MEs) somaram 61.874 registros, enquanto as empresas de pequeno porte (EPPs) totalizaram 8.644. Entre os setores econômicos, os serviços se destacaram com 97 mil empresas, seguidos pelo comércio (68.862), indústria (17.307), construção (11.346) e agropecuária (1.051).
Letícia Lopes faz parte deste universo. Ela é maquiadora e optou pelo MEI desde de 2023, momento em que sentiu a necessidade de atender seus clientes também nos finais de semana. Para ela ser MEI foi uma oportunidade para ampliar seu negócio hoje presente no instagram com o perfil @rebocadabb e com atendimento presencial no SamaraLiz Studio, localizado no Bairro Nazaré, Zona Oeste de Natal. “A formalização me trouxe vários benefícios como o auxílio maternidade que pude acessar corretamente sendo MEI”, disse.
Os municípios com maior concentração de pequenos negócios em seus territórios são: Natal (89.121), Parnamirim (25.055) e Mossoró (23.505), seguidos por São Gonçalo do Amarante (6.941), Caicó (5.504), Macaíba (4.210), Extremoz (3.781), Assú (3.434), Ceará-Mirim (3.402) e Currais Novos (3.344).
Junto ao crescimento, chama a atenção a taxa de mortalidade empresarial. No entanto, o índice registrado no Rio Grande do Norte segue a média nacional. Em 2024, foram abertas 43.447 novas empresas de pequeno porte no estado, enquanto 26.674 encerraram suas atividades, resultando em uma taxa de mortalidade de 61,39%. No Brasil, a taxa de mortalidade é de 61,4%, semelhante à registrada em praticamente todos os estados, como o Ceará (67,4%), Paraíba (67,1%), Pernambuco (66,3%) e Bahia (66,4%).
“A mortalidade de empresas é um fenômeno complexo, influenciado por diversas variáveis. O cenário econômico é um dos elementos de impacto. Além disso, o aprimoramento da fiscalização também exerce influência, ao expurgar CNPJs em situação irregular ou que já não estavam mais em operação. A volatilidade do MEI, tanto na formalização quanto na baixa, também afeta esses indicadores”, destacou Thales Medeiros, gerente da Agência Sebrae Grande Natal.
As microempresas registraram a maior taxa de mortalidade em 2024, com 71,88%, seguidas pelos MEIs, com 59%, e pelas EPPs, com 36%. O cenário aponta para a necessidade de políticas de suporte e capacitação para garantir a sustentabilidade dos pequenos negócios no estado.