Thaís Zimmermann e as 21 formas de amar
Mãe em tempo integral e apaixonada por sua família, é assim que Thaís, mãe da pequena Manu (2 anos e 4 meses) e de Matias (5 meses) se define. Casada com o médico Anderson Fernandes, juntos há mais de 8 anos, a família que se constituiu entre essa união resultou em amor e companheirismo nas inúmeras aventuras e adversidades da vida. Thaís tem formação acadêmica em fonoaudiologia há 10 anos, com especialização e residência na área, além de ser muito atuante nas áreas de comunicação e disfagia. Hoje ela se diz exercendo o papel mais importante do mundo, a maternidade, além de utilizar seu conhecimento profissional para auxiliar na criação dos meus filhos e ajudar o próximo. “Sou movida pela minha fé e pelo amor à minha família. Amo minha rotina diária e quem eu sou hoje. Família para mim é alicerce! É aonde voltamos quando precisamos. A motivação para continuar seguindo com honra e caráter!”.
Após o nascimento de Manuela, ocorreu uma virada de chave na vida da família dela, segundo Thaís relata, isso a possibilitou olhar além do que se vê. A família recebeu o diagnóstico da Síndrome de Down no sexto dia de vida de Manu e a partir daí, isso fez com que o crescimento e união da família fossem ainda maiores.
Thaís também é membro da Diretora do Coletivo Mães T21 RN e do Coletivo Mães Atípicas de Mossoró, acolhe crianças e pais em uma trajetória que carece de muito apoio, compreensão e acima de tudo, o amor e respeito ao próximo.
“Adentrei no universo das famílias atípicas por sentir a necessidade de conhecer mais histórias e realidade semelhantes à nossa, e assim surgiu o Coletivo Mães T21 RN, onde realizamos encontros mensais além de trocas de experiências e reuniões informativas com profissionais diversos, com o intuito de que nossas crianças crescessem juntas e nós também, sendo um momento de compartilhamento, local de fala e acolhimento para nós mães atípicas”, destaca.
Com esses grupos, ela afirma que o propósito de acolher outras famílias foi amadurecido por meio de suas vivências. Muitas adversidades surgem nas vidas de pais e mães atípicos, que muitas vezes se veem imersos em falta de informações e apoio, uma situação que ela tenta reverter por meio de seus aprendizados na vida e na profissão. “Formulamos um ‘kit de boas-vindas’ para novas famílias de crianças com a T21, por saber que, na grande maioria das vezes, a notícia do diagnóstico tem sido um momento de pouco acolhimento por parte dos profissionais que o fazem”.
Por meio de suas redes sociais (@thaiszimm), a fonoaudióloga partilha reflexões sobre a Trissomia do 21 e maternidade, além de sua rotina diária na administração dos afazeres no lar, os cuidados com o caçulinha Matias e a rotina com a Manu, que realiza diversas terapias com uma equipe multiprofissional em função da Trissomia do Cromossomo 21. Além disso, a mãe, esposa e profissional, dentre tantas funções diárias que executa, destacou que uma de suas atribuições também é partilhar a vida ao lado seu amado.