Isa Pessoa e sua Inteligente Vaidade
Isabela Pessoa, que categoricamente prefere ser chamada de Isa, pois associa a sonoridade de Isabela, como se estivessem “brigando” com ela, é natalense, nascida e criada, com formação em Marketing na Faculdade Estácio, atualmente gerente da franquia de marca nacional renomada em sapatos, a Schütz, tornou o seu campo de trabalho uma realidade onde sonhos de consumo acontecem, quando são consequência de muito foco e persistência. Aquela premissa “Trabalho então consigo”. Curiosa, começou a trabalhar como já afirmei acima, aos 16 anos, no varejo, onde afirma respirar ares de muita dedicação e reconhece que sua bagagem maior de conhecimento foram obtidas na prática, no dia a dia das vendas. Isa (33 anos), uma mulher que mede 1,70, iniciou sendo modelo de prova em uma loja já não mais existente na capital, a Explanada, onde com seu bom desempenho foi efetivada como vendedora, uma mulher de multitarefas também já trabalhou com venda de fotografias à vidros. Mas a sua paixão por moda foi firmada em 2008, onde planta uma inteligente vaidade, para colher sorrisos de satisfação de suas clientes.
Filha do casal Maria Lucia e Eduardo, irmã do meio de três irmãs, Daniela (mais velha) e Cintia (caçula), Isa exibe com gratidão o que a mãe ensinou, desde cedo, dar valor ao trabalho e jamais demonizar o dinheiro, e sim entender que é por meio de muita dedicação que as realizações almejadas chegam até a vida. Através do exemplo dos pais, que precisavam trabalhar muito para criar as três, Isa entendeu a tenacidade do exercício de conseguir o que queria por meio dos próprios esforços.
Première: O que é moda para você?
Isa: “ Moda para mim é puramente o significado da palavra “Liberdade”, a moda é gigante, ela é plural, ela é acessível, ela é “descomplicada” como acredito que tudo nas vida, quem complica são as pessoas (risos) e a moda existe para ser usada e abusada. Para ousarmos, brincarmos e nos divertirmos. Moda para mim é liberdade e diversão.
Première: Como a mulher moderna lida com essa liberdade e diversão dentro da moda?
Isa: “Eu acredito que de forma dinâmica e enérgica, existem as mulheres que trabalham muito porque tem que trabalhar e existem as que trabalham muito porque gostam, essa segunda opção é a minha. Para mim, a mulher moderna gosta muito de ser independente, além de ser, ela gosta de ser, ela busca melhorar no âmbito profissional, ela quebra barreiras, ela vai de encontro ao que todo mundo espera e faz o que quer fazer, sem precisar da aprovação de ninguém”.
Premiére: Quando você entendeu que precisava investir nas redes sociais para alavancar e diferenciar o seu trabalho no varejo?
Isa: Eu entendi desde muito cedo que não trabalho apenas com sapatos e bolsas, e sim com sonho e autoestima. Recebi inclusive um relato de uma cliente e seguidora que economizou por meses para adquirir a “Bolsa dos sonhos dela” e aquilo mexeu comigo, não quero naturalizar nunca o consumo, isso faz o meu olho brilhar, gosto de voltar para o lugar onde ainda comecei, criada em família humilde que conquistou tudo por meio do trabalho, trabalhar com isso é muito prazeroso e a virada de chave foi quando entendi que a rede social é uma ferramenta de vendas, um vendedor externo, comecei visando alcançar um maior publico, mostrando um pouco do que sou, de como vivo, para atrair clientela por uma afinidade de identidade. Há dois anos comecei com 400 seguidores, hoje no meu pessoal, tenho 9 mil, considero um grande avanço pois tudo foi de forma orgânica”.
Premiére: Quais os sonhos de Isa?
Isa: Eu costumo dizer que sonho quando estou dormindo, o que eu tenho são muitas metas (risos). Tenho alvo. Tenho a roupa que vou usar no dia que eu assumir o cargo de direção de uma grande empresa. Não tenho vontade de ter minha marca, quero ser uma grande executiva. Luciana Wodzik é um nome que admiro muito, ela é do grupo Arezzo. Meu foco é esse!
Première: Influenciar é Impactar?
Isa: o que me deixa mais feliz é o impacto discreto, é quando as pessoas foram influenciadas por você de alguma maneira para algo bom, para usarem algo simplesmente porque me viram usar e se sentiram mais seguras. Quando sabemos que ficamos no inconsciente de algumas pessoas, que te admiram, mas pela falta de tempo do dias corridos não param e ligam para elogiar, mas estão lá usando algo por me ver vestir e postar. O impacto silencioso é o maior. Influenciar é sim impactar. Prezo por uma boa postura, ser sempre educada e gentil, para a minha postura inspirar ainda mais que as minhas vestimentas. Muito mais que uma bolsa, um sapato, um esmalte, a minha forma de tratar os outros inspirem os demais.
Premiére: Qual a linha tênue entre autoestima e futilidade? Essa linha existe?
Isa: Essa pergunta é muito capciosa, porque o que é fútil para um pode não ser para o outro, então só se pode falar em futilidade quando você aponta o que é fútil para si próprio, jamais apontar o que é fútil em outra pessoa. As vezes o que pode parecer fútil para um é autocuidado na mentalidade do outro.