Por Magnos Alves
Os times de Mossoró ainda vão ter uma longa espera para, possivelmente, voltar a jogar no Estádio Nogueirão. A empresa que ganhar a licitação para concessão onerosa do terreno do estádio terá um prazo mínimo de 21 meses para conclusão das obras do estádio e infraestrutura básica necessária para a inauguração. De acordo com o Edital do certame, antes de findar os prazos fixados, a empresa ainda poderá solicitar formalmente sua prorrogação, “mediante apresentação de justificativa técnica e comprovações”.
O prazo para conclusão do Centro Administrativo e infraestrutura necessária para o seu pleno funcionamento, que faz parte do processo de cessão do terreno do Nogueirão como permuta, é ainda maior: 43 meses, podendo, igualmente, ser prorrogado.
Em sua mais nova tentativa de repassar o Nogueirão para a iniciativa privada, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, estipulou o montante mínimo de R$ 21.240.714,37 na construção do estádio, e de R$ 14.160.495,25 na construção do Centro Administrativo. No total, o investimento é de R$ 40.923.794,05, sendo R$ 26.763.298,80 pela concessão onerosa de uso do imóvel por 35 anos, além do valor a ser investido no Centro Administrativo. A parcela mensal foi fixada em R$ 63.722,14. O valor total é R$ 3.681.650,75 inferior ao estipulado no processo anterior, de R$ 44.605.444,80, que foi fracassado.
O terreno está dividido em duas partes. Uma de 22.357,47 m², área em que o Nogueirão está erguido e que deve receber o novo estádio, e outra de 14.905,00m², área em que fica o campo Leonardinho e em que funcionava a antiga churrascaria da LDM, onde deve ser construído o Centro Administrativo. O prazo para envio de propostas foi iniciado nesta terça-feira (21) e vai até o dia 12 de dezembro.

Assim como no processo anterior, Allyson decidiu a nova licitação de forma isolada, sem qualquer participação do meio esportivo de Mossoró. Ao Jornal Diário do RN, o presidente do Baraúnas, Lima Neto, disse que não tinha como comentar o projeto por falta de conhecimento sobre ele. “Os outros (projetos) também não houve discussão. A gente só foi informado depois, em eventos em que as propostas eram apresentadas já prontas, sem possibilidade de discussão. ”, relatou.
O presidente eleito do Potiguar, Jerônimo Jales, reforçou não ter conhecimento do projeto e alertou para o imbróglio judicial em torno do Nogueirão. “Existe uma ação judicial que se discute a forma que foi realizada a municipalização do estádio. E enquanto esse processo não for decidido, não se pode vender, permutar ou negociar o Nogueirão. ”, afirmou.