DISPUTA
Quando todos já pensavam que tudo havia serenado e a obra ia seguir para garantir a permanência um dos mais belos cartões postais de Natal, que é o Morro do Careca com a chamada engorda da Praia de Ponta Negra, eis que mais um empecilho foi lançado sobre o surgimento do grande benefício. Quem entrou na “briga” agora foi o Ministério Público Federal (MPF).
DENÚNCIA
Que a Prefeitura de Natal tem as suas razões, e o Idema – órgão fiscalizador do meio ambiente do Governo Estadual – também tem suas justificativas plausíveis todos nós sabemos. Mas se sabe também que a tal da Engorda, através de uma licença ambiental, virou uma disputa com claros sinais de politicagem, entre os governo estadual e governo municipal da Capital. Isso é fato.
DENÚNCIA II
O fato é que na tarde da última terça-feira, 23, o Idema concedeu a licença ambiental tão aguardada pela Prefeitura de Natal, mesmo com todas as condicionantes expressas e também com a alegação de que estava assim fazendo em obediência a uma decisão judicial em nível estadual, deixando claro o órgão ambiental que poderia ter liberado a licença anteriormente, se valendo das condicionantes, sem necessidade da intervenção judicial.
DENÚNCIA III
O estranho é que na mesma ocasião em que o Idema liberava a licença ambiental para que a Prefeitura de Natal iniciasse as obras da Engorda da Praia de Ponta Negra, eis que o Ministério Público Federal (MPF) entra na “briga” para suspender aquela mesma licença. Ora, se o Ministério Público só entra em querelas quando provocado, resta saber: quem fez a denúncia junto ao Ministério Público Federal?
IMPASSE
Com esses impasses criados, sejam de ordem técnica, judicial ou através da politicagem ao que parece é que a Engorda entra mesmo em processo de dieta, e vai esperar. Que prevaleça o bom senso.
CONSTRUÇÃO
Os pré-candidatos a Prefeito de Natal estão em construção de suas chapas, como é a situação do líder das pesquisas Carlos Eduardo que tende a sedimentar uma composição dentro do próprio partido, o PSD, trazendo de volta à cena política os “Jácomes”, do segmento evangélico. No caso, o preferido de Carlos Eduardo seria mesmo o ex-deputado estadual Jacó Jácome.
RESPONSABILIDADE
Caso consolide o nome de Jacó Jácome como seu companheiro de chapa, Carlos Eduardo está buscando, evidentemente, apoio no segmento evangélico. Mesmo correndo o risco de que os efeitos do passado envolvendo o ex-pastor Antônio Jácome chamusque a candidatura do filho.
Obviamente, Jacó Jácome não é responsável por qualquer ato abominável do seu genitor, mesmo que todo o segmento evangélico tenha abominado.
EVANGÉLICOS
Vale lembrar que apesar de o segmento já ter outros representantes apoiando candidatos a Prefeito de Natal, como é o caso do ex-deputado Albert Dikcson e sua esposa, a ex-deputada federal Carla Dikcson, que apoiam a candidatura de Paulinho Freire (União Brasil), os evangélicos representam 39,54% da população natalense. E isso é que deve estar norteando a decisão de Carlos Eduardo quanto ao seu vice-prefeito. Mesmo que para o líder das pesquisas, “vice é vice”. Ou seja, pouco vale.
AVANTE
Com pouca representatividade no cenário político do Rio Grande do Norte, o partido Avante poderá também lançar o seu candidato a Prefeito de Natal. Trata-se do ex-deputado federal e recém candidato ao Senado Federal Rafael Motta, que por sua vez chegou a ser sondado também para compor a chapa com Carlos Eduardo.
VÍTIMA
Rafael Motta, a exemplo do que ocorreu recentemente com o PSOL, também foi vítima de ação do Partido dos Trabalhadores (PT), quando presidente estadual do PSB e ensaiou os primeiros passos para se lançar candidato a Prefeito da Capital. Segundo Rafael, o PT do RN, através da cúpula em Brasília, conseguiu com que o PSB nacional intervisse em sua decisão de pleitear administrar Natal. Consequentemente, Rafael teve que optar por outra sigla, agora no Avante. Sua convenção está marcada para o dia 1º de agosto.

