CENÁRIO
A eleição do próximo ano ainda está sendo desenhada pelas articulações políticas. Pela oposição, há três nomes postulando o cargo de governador: Allyson Bezerra, Álvaro Dias e Rogério Marinho.
No grupo governista, Cadu Xavier é o nome do PT para suceder a Fátima. Mas pode haver mudanças.
OPOSIÇÃO
Na oposição, o cenário proposto pelo prefeito Paulinho Freire, de que haja união em torno de uma chapa de consenso com um dos três postulantes encabeçando e os demais ocupando outros espaços ou apoiando. Não é fácil. Mas não é impossível.
CONFIANÇA
Rogério Marinho é hoje o líder político da oposição; Allyson Bezerra é o líder eleitoral do grupo e Álvaro Dias é nome para compor chapa. Rogério não confia em Allyson, com milhares de motivos para isso. Mas o filho de Valério é pragmático e pode ceder se o projeto maior for derrotar o PT.
SUSPENSE
Apesar do fortalecimento eleitoral visível, Allyson pode ser alvejado por denúncias de corrupção e sequer ser candidato. Seria uma mudança considerável no quadro, mas ninguém pode cravar se isso vai ocorrer ou não. O destino do menino de Mossoró está nos tribunais.
GRUPO
Álvaro não tem grupo, preside um partido fraco e sua força política no aspecto estadual é irrelevante. Porém, na carência de nomes de peso para integrar uma chapa majoritária, ele tanto pode ser candidato a governador como senador.
FUTURO
Portanto, por mais que aparente estar na condição de favoritismo, a oposição ainda tem problemas internos a resolver. Se o trio – Allyson, Álvaro e Rogério – estiver unido, formará uma chapa muito forte e competitiva na condição de favorita em 2026.
GOVERNO
O grupo governista enfrenta o mesmo problema que a oposição viveu em 2022 com a ausência de nomes fortes para disputar a majoritária. O nome mais forte do PT depois de Fátima é Natália Bonavides, que não quer arriscar ficar sem mandato. Cadu Xavier é um nome a ser trabalhado.
CHAPA
No cenário de hoje, o grupo governista tem um pedaço de chapa, com Fátima como principal nome para o Senado e Cadu como candidato a governador. Falta o outro nome para compor com Fátima e um vice para agregar. Hoje, Cadu puxa Fátima pra baixo, pois não tem densidade suficiente para ser o protagonista que uma candidatura ao governo exige. Amanhã, pode mudar.
CONFRONTO
Em caso de confronto direto da oposição contra o governo, a formação da chapa vai ter peso considerável e hoje a oposição estaria mais confortável. A questão é que há nomes que têm vida própria e crescem em campanha, como é o caso de Fátima, que tem militância fiel e o apoio de Lula faz diferença junto ao eleitorado.
SALADA
Sabendo que o eleitor não vota em forma de verticalização. Ou, no popular de cabo a rabo. Ele faz uma salada política sem componente ideológico mais forte. É isso que pode resultar na eleição de Styvenson pela oposição e Fátima pelo governo nas duas vagas para o Senado.
BOLA FORA
O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, é um marqueteiro profissional. Não investe o exigido por lei na educação, mas anuncia uma série de projetos na área. Um deles, premiação para alunos e professores que conseguiram aumentar o IDEB. As duas vereadoras do PT votaram contra. Tiro no pé.