GOLPE
Segunda-feira, 31 de março, completa 61 anos do golpe militar que implantou a ditadura no Brasil. Uma data para não esquecer. Foi o início de um dos piores períodos já vividos no País, com perseguição, tortura e mortes.
POSIÇÃO
Para os fanáticos da extrema-direita, que cegam para o golpe, é necessário relembrar que, por pior que seja o governo do momento, nada é comparável aos anos da ditadura militar.
DEMOCRACIA
A ditadura deveria ser repudiada por todos os partidos políticos. Mas há alguns que a exaltam criminosamente. A democracia deveria ser exaltada por todos os partidos e segmentos. Mas há alguns que não a toleram.
BURRICE
O pior disso tudo é que alguns que vivem falando besteira como ‘ditadura de toga’, se estivéssemos vivendo na real ditadura, não teriam sequer direito de reclamar. Mas seu adereço principal de estimação é uma cangalha.
COMPARAÇÃO
Na democracia, é possível vermos gente rasa, racista, homofóbica, aporofóbica, sem caráter, sem propósito, ser eleita pelo voto popular. Na ditadura, essa gente volta ao esgoto da insignificância.
ELEITOS
Somente numa democracia, temos um general Girão eleito deputado federal; um sargento Gonçalves com mandato; um coronel Azevedo bradando num parlamento. Numa ditadura, essa turma não passava de subserviência aos superiores, sem chance nem de reclamar que estava rum.
CONCLUSÃO
Portanto, para aqueles que ainda não entenderam a diferença, basta pontuar que, na ditadura, não estaríamos respirando liberdade para criticar governos e governantes, ministros da Alta Corte e integrantes do Congresso. Isso só é possível numa democracia. Mas há quem ainda peça anistia para quem, numa democracia, pedia a volta da ditadura. É falta de juízo ou de caráter?
IDEB
A governadora Fátima Bezerra carrega sozinha, o ônus de comandar uma gestão em que o índice que mede a qualidade da educação está na lanterna do País. Mas será que a responsabilidade pelo IDEB baixo pode ser realmente creditada ao governante?
PASSADO
No passado, quando Fátima e Mineiro faziam greves e passeatas por melhorias salariais e condições de trabalho, os governantes tratavam os professores na pancada; não recebiam e nem negociavam benefícios.
GESTÃO
Durante a gestão Fátima Bezerra, a questão salarial foi valorizada, com reajustes que vão superar 100% durante seu mandato e as condições de trabalho já não são degradantes como no passado. Mesmo assim, os índices não melhoram. De quem é a culpa?
RESPONSABILIDADE
Na prática, o responsável por melhorar a qualidade da educação é o professor, que passa o conhecimento de forma direta aos alunos. Ou seja: Se há salários dignos e condições de ensino, a culpa pela inferior qualidade não pode ser somente do governante, a quem cabe dar as condições. A culpa é de quem leciona.
ANALOGIA
No futebol, quando o time perde, a culpa é dividia entre o técnico, que não joga, e os atletas. No IDEB, os atletas, no caso os professores, fingem que não têm nada a ver com o resultado negativo do jogo e transferem a responsabilidade somente ao técnico, no caso, o governante.
COBRANÇA
Está na hora de cobrar do Sinte e da categoria, a responsabilidade compartilhada pela qualidade do ensino. O problema é que ninguém tem coragem de enfrentar a situação.