PRESENÇA
Depois da vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro, o fato marcante da campanha municipal é a vinda do presidente Lula ao RN. Por enquanto, ainda sem data definida, mas quando vier, está previsto movimentação do marido de Janja só em Natal.
APOIO
Bolsonaro otimizou ao máximo sua presença em solo potiguar, realizando movimentações políticas em quase 10 cidades num tempo relativamente curto.
PERDE?
Com a vinda de Bolsonaro a Natal, algumas pessoas passaram a discutir se a candidatura de Paulinho Freire perde ou ganha com esse apoio. Na realidade, somente pesquisas posteriores poderão nos responder. Porém, há que se avaliar o momento e sua influência.
GANHA?
Paulinho Freire não é bolsonarista e nem deve vestir a camisa do radicalismo. Não cola, seria mudança de identidade e aí sim ele perderia votos. Mas receber apoio de uma grande liderança e manter sua característica é possível e pode somar.
DÚVIDA
A questão é se Paulinho, que é de centro e tem postura moderada em toda sua história, pode perder o voto do eleitor de centro por ter recebido o apoio de Bolsonaro.
SOMA
Acho difícil alguém que iria votar em Paulinho por sua história ou por outro motivo, deixar de votar porque ele recebeu apoio de uma liderança da qual o eleitor não gosta.
TCU
Ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo, comemora decisão favorável em um processo que o TCU havia julgado suas contas irregulares em relação a obras no finado Machadão.
EQUÍVOCO
Em campanha eleitoral, até notícia considerada positiva precisa ser avaliada. Esse assunto das contas do ex-prefeito no TCU, não havia sido abordado por nenhum adversário. Ele relembrou algo negativo que ocorreu em sua gestão. É um equívoco estratégico trazer esse assunto, mesmo que seja considerado algo positivo a reversão da decisão do Tribunal.
MUNIÇÃO
Quando o pessoal de Carlos Eduardo aborda o tema considerando positivo para sua imagem, deixa o flanco escancarado para que adversários possam usar o negativo em relação ao TCE, por exemplo.
PASSADO
O caso do TCU é antigo e não foi abordado. Pelo contrário. Estava na gaveta do esquecimento e lá deveria ter permanecido, mesmo após a nova decisão. Ninguém estava cobrando do candidato nada a esse respeito. Agora, a turma do contra poderá botar uma lupa no TCU e também amplificar as reprovações do TCE. Bola fora.
RECEITA
A inquestionável queda de receita do governo do RN após a redução da alíquota do ICMS e o crescente aumento de arrecadação do vizinho Estado da Paraíba, que aumentou a alíquota, é o combustível mais potente para o governo do RN rediscutir a mudança na legislação.