REPERCUSSÃO
Ex-presidente Jair Bolsonaro abre efetivamente o período eleitoral em Natal com movimentação de rua e anúncio de apoio ao nome de Paulinho Freire. Resta saber em que percentual o candidato será beneficiado com a força popular do ex-presidente.
NATAL
No caso da capital, o candidato Paulinho Freire não capitalizou bem a presença do ex-presidente. Sua participação foi tímida e não ‘colou’ no marido de Michelle, deixando a missão para o senador Rogério Marinho.
PARNAMIRIM
Em Parnamirim, o candidato Salatiel de Souza fez questão de ‘colar’ sua imagem o tempo todo como bolsonarista, capitalizando mais eleitoralmente a presença do ex-presidente.
TRANSFERÊNCIA
A transferência de voto não acontece por gravidade e nem de maneira integral. Mas é fato que o peso do pedido de uma liderança com apelo popular é significativo. Se vai fazer o eleitor obedecer ou não, é outra história.
PASSADO
A eleição presidencial em Natal, apresentou os seguintes percentuais dos dois candidatos no segundo turno: Lula obteve 52,96% dos votos e Bolsonaro ficou com 47,04%. São números expressivos.
PRESENTE
Hoje, Natália Bonavides aparece com 13% na última pesquisa DataVero/98 FM e Paulinho Freire está com 21% de intenção de votos.
FUTURO
A missão de Natália e Paulinho é convencer o petista/lulista a votar na candidata de Lula e o bolsonarista votar em Paulinho. Se cada um receber pelo menos 10% dos votos originados da polarização e da paixão política, Natália iria para 23% e Paulinho teria 31%. A realização do segundo turno em Natal estaria configurada.
REALIDADE
O problema é que a transferência não ocorre somente por este ou aquela ser apoiado pelo líder. É preciso um pouco mais. É preciso ‘liga’ para fazer o eleitor votar no candidato indicado/apoiado pelo seu líder.
LÍNGUA
O ex-presidente Bolsonaro é um craque na arte de fazer gol contra com a própria língua. No evento do PL, ele enfileirou uma série de pérolas originadas de seu raciocínio estilo tobogã.
NORDESTE
Uma das frases ele vem falando sobre a esposa Michelle, que é filha de cearense e ele solta a pérola para tentar apagar a imagem de que ele não gosta de nordestino: “Eu posso até não gostar de nordestino, mas gosto de nordestina”.
CANDIDATURA
Na entrevista que concedeu na 96 FM, Bolsonaro repete uma bravata que não funcionou no passado: “Só não vou ser candidato se estiver morto”. Em 2022, ele dizia que só sairia da presidência morto. Saiu sem morrer. A candidatura no futuro não depende do estado biológico, mas do status político. Por enquanto, ele está inelegível.
ATAQUE
Na onda da generalização e do ataque ao PT e aos petistas, Bolsonaro disparou: “Alguém conhece algum petista empresário? Algum petista com boa formação?