Da Terra de Edinor Avelino já surgiram vários poetas, sempre inspirados em seu poema MACAU. Uns que se consagraram, outros que continuam no anonimato, mas permanecem com a verve que certamente será reconhecida no futuro. E nesse diapasão, se pode afirmar que com a criação da Academia Macauense de Artes e Letras – AMLA tem se registrado um maior estímulo para que artistas, poetas e escritores se tornem mais audaciosos e trilhem o caminho muitas vezes tortuosos para a publicação e divulgação de seus trabalhos.
Nascido de uma família dotada de artistas (Shirley, Enock, Josias e Kincas), com o advogado Saddock Albuquerque, que também é escritor, poeta e militante social não foi diferente: membro integrante da Academia Macauense de Artes e Letras, ele buscou trilhar o caminho da publicação de suas criações e está emplacando o primeiro livro, O Espelho da Ilha, que ganhou estímulo do também poeta e escritor macauense Horácio Paiva e prefácio do conterrâneo da Terra das Salinas, Vicente Serejo.
O lançamento do livro O Espelho da Ilha acontecerá nesta 5ª feira, 07/02, a partir das 17h30, na sede social do América, em Natal. Ocasião em que irá reunir, além de seus conterrâneos, a intelectualidade que aplaude a escrita e valoriza a poesia. No prefácio de O Espelho da Ilha, escrito no “ano da peste de 2021”, o jornalista, cronista e poeta Vicente Serejo finaliza: “Poeta é só poeta – o resto é meio de vida – o advogado Saddock Albuquerque não duvida que o silêncio está nas pedras e que o rio não nasce rio, mas fonte. Só depois, bem depois, inventa-se e reinventa-se, e corre os dias”. Para depois complementar: “Eis a Ilha inteira que o poeta reconstruiu numa cerimônia de reencontro e, ao mesmo tempo, de adeus. Agora pertence a nós, os macauenses, seu grande corpus poético como legado. A certidão de posse de um, tempo imenso de vida na harmonia bela e triste dos arpejos dos velhos calafates. Como se fosse uma canção dos deuses”.
Um dos incentivadores à publicação do trabalho poético de Saddock Albuquerque tem sido o presidente da AMLA, o poeta, escritor e advogado Horácio Paiva definiu a criação de seu conterrâneo: “…Aliás, muitos são os espelhos que acolhem as luzes da vida, e este, ao qual me reporto, reflete um berço, o espaço íntimo e geográfico em que muitos viveram ou vivem onde eu próprio nasci e me reconheço, a Ilha de Macau, no delta do Piranhas, rico tema desenvolvido, com todo seu aporte de beleza, pela alma lírica do poeta, também macauense, SADDOCK ALBUQUERQUE em seu livro de estreia, O ESPELHO DA ILHA”
Para o autor, O Espelho da Ilha “É um livro que a um tempo será o meu legado e amor à Macau, é a expressão exata do caminho já percorrido, os dias que floresceram minha vida, porque no tempo, nas paixões, noites, manhãs e salinas, a vida subsiste”.