O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou um aumento de 2,2% em março, alcançando 109,2 pontos, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esta é a terceira alta consecutiva, descontados os efeitos sazonais. No entanto, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o índice apresentou uma queda de 2,7%.
O destaque deste mês foi o aumento de 6,6% na satisfação dos varejistas em relação às condições atuais da economia, impulsionando o crescimento de 4,6% do subindicador Condições Atuais, que também avalia as condições do setor (+3,8%) e da empresa (+3,8%). Essa variável foi a principal influência para a subida mensal do Icec.
Para José Roberto Tadros, presidente da CNC, esses dados refletem as expectativas positivas para os próximos meses, embora dependam da melhora das condições de crédito para os consumidores, que atualmente apresentam menor intenção de compra. A pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da CNC indicou dificuldades das famílias em acessar crédito, somadas à desaceleração do mercado de trabalho, o que reduz o poder de compra.
O subindicador Expectativas, que avalia a economia, o setor e a empresa, teve um aumento de 1,6% no mês e apresentou a única taxa anual positiva entre os subindicadores, com alta de 0,6%. No entanto, o indicador que mede as intenções de investimento do empresário do comércio teve o menor crescimento, de 0,9%, devido à seletividade da oferta de crédito percebida pelos consumidores.
Em relação aos segmentos do varejo, o comércio de produtos de primeira necessidade foi o mais otimista, com um aumento de 3,4% na confiança dos empresários. Por outro lado, os varejistas de eletrônicos e eletrodomésticos apresentaram uma queda de 1,5%, reflexo da maior seletividade da oferta de crédito.