O fundamentalismo religioso ganha força no Brasil. Hoje, neopentecostais e católicos se unem para nutrir um projeto de poder que passa ao largo dos princípios cristãos.
Muitos confundem a Israel, terra prometida, com o Estado de Israel e vociferam palavras em defesa do genocídio atual afirmando que os judeus não maltratam cristãos, como se as crenças do mundo inteiro se restringissem ao judaísmo e ao cristianismo.
Infelizmente, os conflitos ideológicos têm conduzido os irmãos católicos à valorização de mitos, como o rei Davi, símbolo de guerras, poder e acumulação de riquezas. A visão da igreja comunitária, onde a atenção aos pobres e a busca pela justiça social materializam o amor a Cristo, está sob risco.
Infelizmente, até o Papa Francisco, a CNBB e os sacerdotes que levantam as discussões sobre as desigualdades sociais são alvos de haters nas redes sociais e de pessoas que, inadvertidamente, reproduzem as falas de lideranças de segmentos religiosos oriundos dos EUA, cujas células se proliferam nas cidades e enriquecem a meia dúzia de seus representantes.
Precisamos de muita oração, mas também de evangelização e conscientização sobre nosso papel na sociedade humana.