No dia Internacional da Mulher, data marcada por homenagens e reconhecimento as mulheres em todo o mundo engenheiras e arquitetas servidoras da Prefeitura do Natal não sentem motivos para celebrar, pois há mais de 10 anos, a categoria luta por um reajuste salarial, realização de concurso público e, principalmente, pelo plano de cargos, carreira e salários.
Apesar de suas contribuições significativas para o desenvolvimento urbano e arquitetônico da cidade, muitas vezes, as servidoras enfrentam obstáculos e barreiras que limitam seu crescimento e reconhecimento profissional.
“Nós servidoras nos sentimos excluídas de algumas atividades da engenharia e arquitetura, pois muitas vezes as decisões fundamentais ficam a cargo da ala masculina. Embora essa realidade tenha apresentado uma certa melhora, ainda sim enfrentamos um certo preconceito”, desabafou a engenheira aposentada Maria Eleonora Silva.
Maria Eleonora reforçou ainda que o principal desafio a ser enfrentado pela categoria no momento é manter a atualização salarial com base no acordo assinado pela Prefeitura Municipal de Natal. “Estamos na luta, com ações e reivindicações para termos o ajuste salarial que merecemos. São 10 anos com nossos salários congelados. Não conseguimos ainda, um diálogo com o prefeito Álvaro Dias”, reforça a servidora.
Procurado pela equipe de reportagem do Diário do RN, o Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Norte, afirmou que vem prestando apoio permanente ao movimento que congrega a categoria dos engenheiros e arquiteto da Prefeitura que lutam por atualização salarial, plano de cargos e concurso público há quase dois anos.
“Nesta data especial, o sindicato reafirma o compromisso de luta com esta categoria, aproveita para parabenizar não só as mulheres, engenheiras e arquitetas, mas todas as mulheres, reconhecendo a importância que elas têm para cada um de nós, porque delas brota o bem mais precioso que possuímos, a vida. É também um ensejo para atribuir um pouco do muito que recebemos, nos solidarizamos com a luta que elas vêm sustentando. Para reparar as injustiças históricas que são vítimas do papel secundário a que estão submetidas e da violência covarde que invade o noticiário, a mesquinha ao ser humano e nos cobre de vergonha. Ao mesmo tempo que estendemos as mãos para prestar parabéns, oferecemos igualmente nossa disposição de continuar apoiando as bandeiras que simbolizam essa raiva”, afirmou o vice-presidente Reginaldo Vasconcelos.