O Museu Nacional (MN), vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vai receber anualmente R$ 13,5 milhões do Ministério da Educação (MEC) para serviços de manutenção do equipamento. Compromisso nesse sentido foi dado pelo MEC ao diretor do MN, paleontólogo Alexander Kellner. Essa é a mais antiga instituição científica do Brasil , fundada em 6 de junho de 1818.
À Agência Brasil, Kellner esclareceu que não foi o ar-condicionado que provocou o incêndio no museu, no dia 2 de setembro de 2018. “As pessoas se equivocam que foi o ar-condicionado que fez essa tragédia. Não. Foi a constante falta de recursos para o funcionamento e manutenção do Museu Nacional”. Kellner demonstrou satisfação em ver o pleito de previsão orçamentária específica para funcionamento e manutenção do museu, “não para pagar contas”, ser atendido com a sinalização positiva por parte do MEC de que pretende fazer frente a essa despesa.
“Isso permitirá que eu possa contratar brigadista, segurança, manutenção predial e coisas desse tipo. Eu vou resolver de uma vez por todas a questão de manutenção do museu, deixando claro que ninguém aqui fala em expansão do museu. É manter aquilo que a gente tem”. Isso inclui tratamento contra pragas e roedores, poda de árvores, entre outros serviços.
De acordo com Alexander Kellner, o ponto importante é que os recursos não serão destinados somente para a manutenção do Palácio de São Cristóvão, sede do MN, localizado na Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro. Serão beneficiadas as três áreas do museu:: o Palácio, o novo campus de pesquisa e ensino, com 43,4 mil metros quadrados, e o horto botânico, que o diretor espera abrir para o público “algum dia”.
O compromisso do MEC com a manutenção do Museu Nacional demonstra, segundo Kellner, que o Brasil aprendeu. “O MEC vai cuidar do Museu Nacional e isso nos dá forças e nos deixa em uma posição diferenciada quando a gente pede ajuda. Porque isso demonstra às pessoas que querem investir tanto em doar acervo como em questões financeiras para o término das obras, importantes para a sociedade brasileira, que elas não vão simplesmente investir em um lugar que vai ser construído e, depois, quando virarem as costas, tudo acaba se degradando por falta de manutenção. Esse é o ponto”.
Fonte: Agência Brasil