A Presidência da Câmara dos Deputados negou que Hugo Motta (Republicanos-PB) tenha determinado o desligamento do sistema de ar-condicionado das comissões.
Parlamentares de oposição acusaram Hugo de adotar essa estratégia para tentar esvaziar reuniões em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (22).
Em nota, a Presidência da Casa afirmou que o setor de climatização da Câmara negou qualquer tipo de solicitação para desligamento do sistema e destacou que o funcionando ocorre normalmente. “O sistema foi ligado às 8h para a reunião que ocorreria às 9h. O que pode ter ocorrido é ter demorado para funcionar ou a sala está muito cheia”, pontuou.
Mais cedo nesta terça, em publicação nas redes sociais, a deputada federal Julia Zanatta (PL-RS) acusou Hugo Motta de ter determinado o desligamento do sistema de ar-condicionado para impedir a concentração de deputados e assessores no espaço reservado à reunião da Comissão de Segurança Pública.
“[Hugo Motta] está fazendo de tudo para impedir a oposição de trabalhar, se manifestar e mostrar indignação”, acusou Zanatta. Segundo a parlamentar, uma assessora quase teria desmaiado em razão do calor e da baixa circulação de ar no local.
Durante a manhã, deputados de oposição e assessores se reuniram no espaço reservado à comissão onde seria realizada reunião com pauta em apoio a Jair Bolsonaro. Entretanto, pouco antes do início, o presidente Hugo Motta proibiu a realização de reuniões durante todo o recesso na Casa.
A medida inviabilizou a realização de reuniões de duas comissões que estavam marcadas para a manhã desta terça. As comissões de Segurança Pública e de Relações Internacionais da Câmara votariam matérias em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na pauta dos dois colegiados havia requerimentos de moção de apoio, solidariedade e louvor a Jair Bolsonaro. O encontro foi marcado em meio ao recesso parlamentar informal, como uma reação à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que impôs medidas cautelares ao ex-chefe do Executivo.
*Com informações da CNN