A onça-pintada Sansão, considerada o felino mais velho do mundo sob cuidados humanos, morreu nesta terça-feira (17), aos 25 anos, na sede do Instituto Nex No Extinction, em Corumbá de Goiás (GO). O animal era um símbolo da instituição e referência na luta pela preservação da espécie no Brasil.
Em nota, a ONG lamentou profundamente a perda e destacou o papel de Sansão ao longo de mais de duas décadas de convivência. “Mais do que um animal, ele foi história, símbolo e presença. A onça-pintada mais velha do mundo… e, para nós, a mais especial que já existiu”, escreveu a equipe.
Sansão viveu 25 anos — uma marca impressionante para um felino da espécie, cuja expectativa de vida em liberdade é bem menor. Durante esse tempo, tornou-se ícone da conservação ambiental e embaixador da causa das onças-pintadas, espécie ameaçada de extinção.
Segundo os cuidadores, a força de Sansão ia além da aparência. Seu olhar, mesmo enfraquecido pela idade, ainda comunicava sabedoria e coragem. “Seu esturro preenchia tudo”, descreveram. A convivência com ele, dizem, ensinou sobre paciência, respeito à natureza e sobre como coexistir com algo maior que o ser humano.
A despedida foi marcada por emoção. “Deixamos você ir com o coração despedaçado. Mas sabemos: você não se foi de verdade. Você permanece em cada cantinho do NEX, em cada passo das trilhas que percorremos juntos”, diz a nota.
O Instituto Nex, que há 25 anos atua na proteção de onças no Brasil, aproveitou o momento para reforçar a importância da colaboração no trabalho de conservação. “Conservação não se faz sozinho. O verdadeiro significado do sucesso é a colaboração”, afirmou a organização, em uma crítica às disputas de ego que ainda ocorrem no setor.
Sansão agora se despede como viveu: como símbolo de resistência e inspiração. Seu legado continua vivo entre trilhas, memórias e histórias — e seguirá impulsionando a luta por um futuro melhor para as onças-pintadas.
*Com informações CNN Brasil