Duas empresas se mostraram interessadas em elaborar os estudos técnicos e econômicos necessários para a definição do modelo de concessão do Mercado da Redinha. O prazo para apresentação dos pedidos terminou na terça-feira (22). Nesta nova etapa, a Prefeitura está analisando as propostas, e a empresa vencedora terá 60 dias para finalizar os estudos que irão embasar o edital de licitação do equipamento. A expectativa é de que o Mercado da Redinha comece a funcionar no segundo semestre.
De acordo com o secretário de Parcerias, Concessões, Empreendedorismo e Inovações (Sepae), Arthur Dutra, a análise documental das empresas já foi iniciada. “As duas empresas apresentaram o pedido para os estudos e estamos verificando se elas preenchem os requisitos que estabelecemos no edital, como qualificação técnica e experiência no ramo de mercados públicos ou equipamentos similares. Essa é a fase atual do processo, e estamos trabalhando para garantir que tudo seja feito com a máxima transparência e eficiência”, disse.
Na próxima fase, a empresa que atender aos requisitos documentais receberá autorização para iniciar a elaboração dos estudos necessários. “Com base nesses estudos, vamos avaliar a qualidade das modelagens jurídicas e econômicas apresentadas pelas empresas. A partir disso, vamos criar um edital de licitação que seja robusto e adequado às necessidades do mercado”, explicou o secretário.
O Mercado da Redinha será concedido por um prazo de 25 anos. O concessionário ficará responsável por administrar o espaço, mantendo suas características turísticas, que são fundamentais. Segundo a Sepae, a expectativa é de que o mercado esteja funcionando plenamente até o segundo semestre deste ano.
Dutra ressaltou ainda importância da boa gestão para garantir que o Mercado da Redinha se torne um polo de desenvolvimento para a região. “O espaço tem que ser administrado com foco no turismo, e o concessionário será remunerado pela receita gerada. Ele não vai repassar nada para a Prefeitura, então, o lucro virá da exploração eficiente do mercado. Mas, é importante frisar que o uso do mercado será estritamente turístico, como sempre foi a sua função”, detalhou.
A empresa que atender aos requisitos documentais precisará apresentar, dentro de 60 dias, as modelagens jurídicas, econômicas e operacionais, que serão as bases para a elaboração do edital de licitação.
O Complexo Turístico da Redinha é composto pelo Mercado (com 33 boxes de venda, estruturas para sete restaurantes, e uma varanda panorâmica), três estacionamentos, um deck, um prédio anexo, uma estação de tratamento de esgoto (ETE) e duas áreas de circulação, ocupando uma área de 16.580,60m². Entre as exigências estabelecidas pelo edital estão a preservação do acesso gratuito ao público e a obrigatoriedade da venda de Ginga com Tapioca – prato reconhecido como patrimônio cultural imaterial de Natal e do Rio Grande do Norte.
O Complexo Turístico da Redinha passou recentemente por um processo de revitalização, com investimento total de aproximadamente R$ 30 milhões. O espaço foi reaberto em dezembro do ano passado, mas só deve funcionar plenamente depois da concessão.
*Com informações da Tribuna do Norte