A angústia da família da brasileira Juliana Marins aumenta a cada hora que passa. Após cair durante uma trilha no desafiador Monte Rinjani, na Indonésia, ela foi finalmente localizada por equipes de resgate nesta segunda-feira (23). No entanto, a esperança de um socorro iminente foi frustrada quando a operação foi paralisada devido às severas condições climáticas, deixando Juliana exposta aos perigos da montanha por mais uma noite.
A família, que tem usado as redes sociais para mobilizar ajuda e informar sobre o caso, expressou profunda frustração com a interrupção. Os trabalhos foram suspensos às 16h no horário local (6h da manhã no horário de Brasília), com a justificativa de que a baixa visibilidade causada pela neblina e a impossibilidade de operar à noite impediam o avanço.
“O ambiente de alta montanha é extremamente severo”, escreveu a família, que complementou com uma crítica contundente à lentidão da operação: “Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo, faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram mais uma vez”.
Parque aberto e falta de informações
Um dos pontos que mais revolta os familiares é o fato de o parque nacional continuar com suas atividades normais, recebendo turistas, enquanto a brasileira precisa de socorro urgente. “O parque segue a atividade normalmente, turistas continuam fazendo a trilha enquanto Juliana precisa de socorro. Não sabemos o estado de saúde dela, ela segue sem água, comida e agasalhos por três dias”, destacou a família em um comunicado.
O acidente na trilha do vulcão ativo
O acidente ocorreu na madrugada de sábado (horário local), quando Juliana Marins percorria a trilha em direção ao lago Segara Anak. O Monte Rinjani é um vulcão ativo de 3.726 metros, um destino popular entre turistas, mas conhecido por suas trilhas exigentes e perigosas.
Segundo relatos de familiares, a jovem teria sinalizado cansaço para continuar o percurso e, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, foi deixada para trás pelo grupo com o qual estava.
Acompanhamento do Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) afirmou no domingo (22) que está ciente da situação. Por meio da Embaixada brasileira em Jacarta, o órgão diplomático acompanha o caso e mantém contato com as autoridades da Indonésia, responsáveis pela coordenação e execução do resgate. As buscas devem ser retomadas assim que as condições climáticas permitirem.
*Com informações iBand RN