Por Carol Ribeiro
Convocada para conduzir a transição do governo municipal de Natal, a vice-prefeita eleita, Joanna Guerra (Republicanos), tem um objetivo como coordenadora do trabalho. “Primeiro, a gente vai se aprofundar no cenário atual da Prefeitura. Eu saí da prefeitura em julho, a gente vai discutir sobre o cenário atual, mas eu quero também, em paralelo a isso, construir já uma perspectiva, um caminho para as prioridades dos cem dias iniciais da gestão. Então, a gente quer começar a gestão já trabalhando muito por Natal, já trazendo alguns resultados nesses sentidos”, afirma ao Diário do RN.
A vice-prefeita eleita entende que as principais promessas de campanha já devem ser iniciadas nos primeiros 100 dias de gestão. Ela afirma que quer começar a gestão “com resultados para a população”, principalmente nas áreas da educação, saúde e transportes.
“2025 vai ser um ano de muitos desafios, porque nós nos comprometemos com a população em relação a questão de zerar fila nas creches, e alguns projetos importantes que a gente vem a implementar como o ‘Minha Clínica’, que vai diminuir a espera, o tempo de exames, por consultas. Um ponto a ser discutido também é a licitação dos transportes, conversar com a gestão do prefeito Álvaro Dias, saber se vai acontecer esse ano ainda ou se isso ficará em nossas mãos”, afirma.
Ainda não existe, segundo Joanna Guerra, nenhuma conversa com o prefeito eleito sobre a ocupação de pastas administrativas da Prefeitura. “Isso eu vou deixar ele muito à vontade para fazer as escolhas dele. A transição vai dizer muita coisa, vai mostrar para ele as áreas mais urgentes da administração municipal, então naturalmente na transição ele vai tomar as decisões dele”, esclarece.
A transição vai ser fundamental, ainda, para se estudar o orçamento do município e a necessidade de recursos para realizar a agenda governamental da gestão. “A gente apresentou ao longo da campanha alguns projetos para Natal, por exemplo, o ‘Para frente’ que objetiva a pavimentação e drenagem de mais de 60 ruas, construção de equipamentos comunitários, a gente apresentou um projeto de 2ª etapa para o Planalto, com 325 ruas, construindo duas lagoas de captação, a gente tem a ‘Via Mangue’, projeto para melhorar a mobilidade urbana ali da zona Norte entre a ponte Newton Navarro e a Ponte de Igapó”, elenca Joanna, entre outros projetos.
Para Joanna, o diálogo com o Governo Federal é fundamental, independentemente de quem seja o gestor. A captação de recursos federais, a partir de projetos “tem que existir”, segundo a vice-prefeita eleita.
“Com arrecadação própria, mente quem diz que a gente tem condições de realizar grandes obras.
Com esse avanço do plano diretor, com mais de 81 empreendimentos já licenciados, gerando mais de cinco mil empregos, já é uma perspectiva de crescimento da arrecadação, mas do meio de 2025 para frente. A captação de recurso federal, o diálogo com o Governo Federal tem que existir”, afirma.
Como Paulinho Freire “conhece o caminho de Brasília, tem muito respeito, muita credibilidade dos parlamentares e o apoio dos senadores e deputados, vai ser primordial para captar recurso público federal, emendas”, ela diz. A opinião da vice-prefeita eleita é que Natália Bonavides (PT), adversária derrotada por Paulinho e Joanna, tem que contribuir com recursos para Natal, enquanto deputada federal.
A vice-prefeita eleita lamenta o fato da candidata não ter parabenizado a chapa vitoriosa, mas espera retorno de Natália enquanto parlamentar: “Eu lamento essa postura dela de não ter feito nenhum aceno, até porque ela é deputada federal. É uma parlamentar que foi eleita também com o voto do natalense. Pode contribuir com recursos para cidade, inclusive. Em relação à postura na campanha eu acho que a campanha passou, não quero ficar prolongando, discutindo coisas que foram vencidas. Eu acho que a resposta para candidata Natália foi o resultado das urnas. Foi a população dizendo que entendeu que o melhor projeto de cidade era o de Paulinho e Joanna”, opina.
A vice-prefeita eleita lembra o que chamou de “intercorrências no meio do caminho”, citando as “fake news, muitas mentiras que estavam sendo contadas”, mas agradece a análise do povo pela escolha nas urnas.
“Todo ser humano tem que repensar sempre o tempo todo suas atitudes, sua postura e, principalmente ela, enquanto política, tem que fazer isso também. Então, eu prefiro olhar para frente. Agora eu tenho uma missão de coordenar a transição, é muita responsabilidade e o meu foco é a melhoria da nossa cidade”, finaliza Joanna.